Marília

Comércio perde empregos na região; veja principais cortes

Comércio perde empregos na região; veja principais cortes

O comércio varejista na região de Marília fechou 361 postos de trabalho, resultado de 1.488 admissões contra 1.849 desligamentos. Em 12 meses, foram eliminados 1.819 empregos com carteira assinada, o que levou a um recuo, na comparação com o mesmo mês de 2015, de 3,7% do estoque total, que atingiu 47.425 trabalhadores formais no mês.

As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo realizada pela Fecomércio. O estudo usa dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Das nove atividades analisadas, apenas o setor de farmácias e perfumarias (0,5%) apresentou crescimento na ocupação formal em abril na comparação com o mesmo mês de 2015.

As maiores retrações foram observadas nos segmentos de concessionárias de veículos (-13%); de lojas de móveis e decoração (-12,2%) e de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-7,2%).

“O ambiente econômico permanece desafiador e a perspectiva de aumento do desemprego tende a piorar no varejo nos próximos meses. Esse quadro preocupante, agrava a situação financeira dos marilienses que, com a perda da renda fixa, se tornam inadimplentes, pois ficam sem recursos para pagar suas dívidas, bem como deixam de consumir, o que resulta numa reação em cadeia, prejudicando toda classe produtiva”, destaca Pedro Pavão, presidente do Sincomercio Marília.

Desempenho estadual

No Estado todo foram eliminados 10.540 empregos com carteira assinada, em abril, resultado de 70.016 admissões e 80.556 desligamentos. Esse é o pior saldo para o mês desde o início da apuração dos dados pelo Ministério do Trabalho, em 2007.

Com isso, o estoque ativo de trabalhadores do varejo paulista atingiu 2.072.771 no mês, redução de 3,5% em relação a abril de 2015 e o patamar mais baixo desde abril de 2012.

Das nove atividades pesquisadas, apenas o estoque de trabalhadores do segmento de farmácias e perfumarias (2,4%) cresceu em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Os destaques negativos foram registrados nos setores de concessionárias de veículos (-9%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-8,8%) e lojas de móveis e decoração (-7,5%).

Com relação aos dados por ocupações, as funções que registraram as maiores perdas foram os vendedores e demonstradores, com a eliminação de 3.820 postos de trabalho em abril. A segunda maior redução ocorreu com os escriturários, com eliminação de 1.138 empregos, seguidos pelos gerentes de áreas de apoio (-640 vagas).