Marília

Conselho quer impedir crescimento descontrolado em torno de vales na cidade

Conselho quer impedir crescimento descontrolado em torno de vales na cidade

O Conselho Municipal de Habitação quer impedir crescimento descontrolado da cidade, especialmente em áreas em torno dos vales e itambés da cidade, sem planejamento de construção e ocupação de novos bairros. O objetivo, além de preservar áreas de mata e proteção ambiental em torno da cidade, é evitar corrida por construção sem ocupação equilibrada.

O último encontro do órgão, que reúne representantes do poder público e da comunidade para discutir ocupação e expansão de Marília, mostrou que menos 7% dos imóveis de Marília estão vazios. Dos 78.500 domicílios da cidade, 5.804 estão vazios, sem qualquer morador.

“Estamos sensibilizando a sociedade de que Marília tem um teto de crescimento, inclusive o populacional, uma vez que não estamos repondo a população. Portanto, construir imóveis apenas para satisfazer o desejo corporativo dos negócios em construção civil não é salutar”, frisou o secretário do Conselho, arquiteto e urbanista Luís Eduardo Diaz.

Os conselheiros iniciaram um trabalho para a conscientização e difusão do conceito de cidade sustentável, que garante o direito à terra urbana, moradia, saneamento, infraestrutura urbana, transporte e serviços públicos, bem como ao trabalho e ao lazer, para os atuais moradores e também para as futuras gerações. Uma das preocupações é garantir formas de controle legais na revisão do plano diretor da cidade.

“Compartilhamos do princípio que a revisão do Plano Diretor tem que se dar a partir das bases demográficas não em torno do achismo e muito menos da especulação imobiliária”, disse a arquiteta e urbanista Mariana Valera, presidente da diretoria do Conselho Municipal de Habitação.

Quase 11 anos após a aprovação do Plano Diretor Municipal de Marília, o Conselho Municipal de Habitação demonstra preocupação com possível revisão da legislação que trata da ocupação territorial urbana e rural.

“Tamanho por si só não qualifica o desenvolvimento. Cidades maiores não são necessariamente cidades melhores”, questionou Mariana Valera.