Dez dias depois de uma crise na coleta de lixo pela suspensão dos serviços da Monte Azul Engenharia, o serviço enfrenta mais um desafio a partir desta quarta-feira: o fim do contrato com a empresa para a serviços de transbordo do lixo coletado em Marília para um aterro regularizado.
Segundo a assessoria de comunicação da Monte Azul, até a tarde desta segunda-feira nenhum contato oficial da prefeitura havia tratado de prorrogação ou eventual medida para manutenção dos serviços. Sem prorrogação ou ajuste, a empresa pode cumprir o contrato e parar o serviço que tira da cidade todos os dias até 240 toneladas de lixo.
A empresa informa ainda que parte dos R$ 12,7 milhões que a Monte Azul cobra como dívida da prefeitura envolve pagamentos do serviço de transbordo.
A empresa suspendeu no dia 1º o serviço de coleta do lixo, o que provocou lançamento de um sistema provisório de limpeza com estrutura própria da cidade e a previsão de um contrato de emergência com outra empresa. O contrato para coleta de lixo deveria terminar em agosto do próximo ano.
Após a crise, a prefeitura lançou no portal da transparência dois empenhos para pagamentos à Monte Azul com valor total de R$ 2,4 milhões.
O maior deles com valor de R$ 2.060.000 é referente a serviços de transbordo do lixo. O segundo empenho, no segundo no valor de R$ 359 mil, é referente à coleta de resíduos domiciliares. Os dois apontam como data “serviço durante o exercício de 2018”, sem identificar medições específicas.
A administração admite até R$ 9 milhões em débitos e culpa a gestão anterior, do ex-prefeito Vinícius Camarinha.
O empenho representa um compromisso e registro formal de que recursos do orçamento estão destinados para suas previsões legais. Para cada empenho é gerada nota de prestação do serviço.