Marília

Corregedoria vê improbidade em obra de Bulgareli; caso vai ao MP

Corregedoria vê improbidade em obra de Bulgareli; caso vai ao MP

Uma sindicância instaurada em 2014 para investigar a obra abandonada da reforma do Teatro Municipal na gestão do ex-prefeito Mário Bulgareli aponta “faltas disciplinares” por improbidade, ineficiência e ato lesivo ao patrimônio público e encaminhou o caso para o Ministério Público.

Bulgareli contratou a empresa R.A. Tortela & Tortela Construtora Ltda. ME para obras de reforma e revitalização do teatro, que acabaram abandonadas durante o trabalho. O resultado agravou as más condições do prédio, que ficou fechado por sete anos.

Além do ex-prefeito, foram investigados pela sindicância o ex-secretário de Obras, José Martin Crulhas, e o ex-coordenador de Obras Públicas, Bruno Dieguez Pereira.

A portaria determina a remessa do processo para o Ministério Público do Estado de São Paulo “para eventual instauração de inquérito destinado a apurar improbidade administrativa”.

“Foi apurado pela Comissão Permanente de Sindicância, o cometimento das faltas disciplinares capituladas nos itens 5, 22 e 25, do Grupo I, Inciso I, do artigo 27, da Lei Complementar nº 680, de 28 de junho de 2013”, diz a portaria. 

Mas a corregedoria aponta a impossibilidade de se responsabilizar administrativamente os então agentes públicos, uma vez que não mantém mais vínculo com a Prefeitura. 

A empresa foi contratada em 2009 com a previsão de reformar telhado e o forro do prédio por orçamento inicial de R$ 194.400,00. Tinha 60 dias de prazo para a obra, que não foi concluída e provocou gastos de R$ 123.572,74 segundo levantamento feito pelo Matra.

Mário Bulgareli efetuou ainda um segundo contrato para reforma, em 2011 com a Searom Construtora, com orçamento que subiu para R$ 800 mil e ainda recebeu aditivos e pedidos de créditos especiais. Acabou abandonada e a reforma do teatro saiu em 2016 após gastos de quase R$ 3 milhões, dos quais R$ 2 milhões foram repassados pelo governo do Estado