A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a perda de sete toneladas de carne da merenda escolar em Marília marcaram para o dia 7, quinta-feira, o depoimento do professor Roberto Cavallari Filho, o Beto Cavallari, ex-secretário da Educação.
Apresentado como uma das inovações da gestão Daniel Alonso, Beto Cavallari enfrentou um ano de polêmicas em 2017 e foi exonerado no início deste ano. O secretário enfrentou resistências dentro e fora da pasta contra mudanças no modelo de gestão. Implantou algumas delas, como fim das festas grandiosas para formaturas e as restrições para que dirigentes e professores consumisse merenda destinada aos alunos, mas perdeu outras, como a restrição do recesso escolar.
Pouco menos de uma semana depois de o secretário deixar o cargo a Prefeitura relatou o caso de desperdício e perda da carne. Beto Cavallari atravessou em silêncio os primeiros dias após sua exoneração e mesmo após a divulgação do escândalo.
Nos último dias o professor elevou o tom das críticas contra a administração municipal em postagens nas redes sociais e ataques contra a gestão na educação da cidade.
Antes do secretário, a comissão deve ouvir a ex-diretora da Divisão de Alimentos, Dolores Domingos Viana Locatelli, e, em seguida, um profissional em refrigeração na condição de especialista para esclarecimentos técnicos sobe a Câmara fria improvisada onde a carne ficava armazenada.