Vira e mexe no Brasil, há sempre um acidente de alguém importante que “logo se transforma em suspeita de crime” envolvido em grandes teorias da conspiração. O povo brasileiro adora uma novela ou filme policial e todos se acham investigadores ou peritos policiais após esses casos acontecerem.
Foi assim em dezembro de 1976, quando o ex presidente João Goulart morreu em sua fazenda em Mercedes na Argentina. Até hoje sem se provar algo, teóricos da conspiração acreditam que ele foi envenenado pelo regime militar que governava o país na época. No mesmo ano, só que antes do Jango, em agosto, morreu outro ex presidente, o Jk em um acidente de carro na Dutra. Pronto, já era uma conspiração até hoje nunca comprovada. Em 1979, em Ilha Bela, ao cair do seu barco, morreu uma das figuras mais importante da história do regime militar, o delegado e torturador do DOPS Sérgio Fleury. Para muitos, foi a maior queima de arquivo do militarismo
Na história mais recente desse país, tivemos o caso do então candidato à presidência Eduardo Campos, quando o avião em que ele se encontrava caiu em Santos em 2014, quase as vésperas da eleição. Os rumores eram de que o avião foi derrubado para que ele não se tornasse o novo presidente. Ganhou a Dilma e deu-se o “golpe”. Na semana passada, morreu o Ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato e até agora não há um escolhido para comandar o maior processo contra a corrupção no Brasil. É mais uma teoria para livrar os que ainda não foram acusados e condenados
Enfim, o povo brasileiro adora achar fogo aonde não existe, deixa de fazer coisas mais importantes para cuidar da morte dos outros e ainda descobrir o que não existe só para ter o que falar nas rodas de conversas ou nas redes sociais. A verdade, é que para muitos, a fantasia é mais importante que a realidade.