Marília

Daem mantém fornecimento de água amarelada e sem previsão de mudanças

Daem mantém fornecimento de água amarelada e sem previsão de mudanças

Moradores da zona leste de Marília começaram mais um dia com água amarelada nas caixas e torneiras, suspeitas sobre a qualidade e medo para usar que vai do consumo à preocupação com manchas em roupas e utensílios.

Além do problema, começaram mais um dia com silêncio do Daem sobre previsão de prazos para regularização do abastecimento ou indicações mais claras dos motivos para a mudança ou orientações de uso.

Procurado pelo Giro Marília, o departamento repetiu o discurso já divulgado sobre uso de mananciais subterrâneos e de que a água atende padrões exigidos pela Vigilância Sanitária. Não informa se a condição será permanente ou quando deve acabar.

O departamento também não tem nenhuma nova recomendação ou orientação sobre o uso da água.

O silêncio, a mudança, um caso de contaminação da represa cascata e a suspensão de água daquele manancial acompanham uma série de polêmicas sobre o serviço de abastecimento de água na cidade em meio a uma tentativa de transferir o serviço para a iniciativa privada.

Confiar na água amarelada fica a critério de cada cidadão, assim como foi acreditar na publicidade oficial de que o Daem é viável – amplamente usada em 2017 no primeiro ano da gestão do prefeito Daniel Alonso – ou de que não haveria concessão do Daem, promessa de campanha registrada em cartório.

Veja abaixo a íntegra da resposta do Daem sobre abastecimento de água na zona leste

“O DAEM está utilizando mananciais subterrâneos para manter o abastecimento da região leste devido a Represa Cascata estar com nível muito baixo.

Desde 15 de junho não é registrada chuva capaz de repor os reservatórios naturais da cidade. O DAEM recomenda à população que faça o uso racional de água e desenvolve ações de monitoramento para sanar problemas pontuais.

Por conta da mudança nos mananciais de abastecimento, houve uma alteração nas características da água produzida e que se refletiu no aspecto organoléptico. Este aspecto, inclusive, foi identificado pelos moradores de determinados bairros do Município.

O Daem garante que embora o aspecto tenha chamado a atenção dos usuários, a água produzida atende os padrões microbiológicos exigidos pela Vigilância Sanitária e Ministério da Saúde.”