Marília

Daniel depõe à CPI, contradiz ex-secretário e nega interferência em merenda

Daniel depõe à CPI, contradiz ex-secretário e nega interferência em merenda

O prefeito Daniel Alonso disse em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Carne Estragada que “nunca existiu” reunião em seu gabinete para discutir manipulação de merenda e que não houve qualquer interferência sua nas decisões que possam ser apontadas como causa para a perda de sete toneladas de carne na Cozinha Piloto.

A afirmação contradiz o depoimento do ex-secretário da Educação, Roberto Cavallari Filho, também ouvido pela CPI, que apontou uma reunião no gabinete como base para decisão de moer carne da merenda como forma de ampliar aproveitamento e evitar desabastecimento nas escolas.

Daniel ‘brincou’ com a informação. “Se foi moída, picada, se foi em bife, em panela se foi feita com cebola, perdão pela ironia, eu não sei” e disse que em sua casa “quem sabe é a cozinheira” (veja vídeo abaixo). Daniel Alonso também contradisse Beto Cavallari sobre a interferência na gestão.

Segundo o secretário, todas as compras, licitações e definições de gastos eram controladas pelo gabinete, o que impediu a pasta de tomar medidas como troca da Câmara Fria. Segundo o prefeito, todos os secretários têm “autonomia e metas”.

Daniel depôs por aproximadamente meia hora, 24 horas depois de outra audiência em que o secretário da Fazenda, Levi Gomes, e o presidente da Comissão, trocaram acusações. Levi disse que a CPI perdeu o objeto ao tratar de licitações e gastos e Nardi respondeu que os vereadores atuam com dever de fiscalizar e têm votos para isso.

A CPI iniciou a sessão com a previsão de fazer mais uma sessão com depoimento do chefe de gabinete do prefeito, Márcio Spósito, apontado por Beto Cavallari como responsável por controlar compras e decisões de gastos da Educação.  

Mas os próximos passos devem ser definidos em uma reunião entre os integrantes da Comissão – Nardi, Maurício Roberto e Danilo da Saúde.

Ainda segundo Beto Cavallari, Spósito participou da reunião em que foi definida a ordem para moer parte da carne e ampliar o aproveitamento da merenda.

A CPI considera como causa para a perda da carne a decisão de devolver a carne moída ao congelador. Essa carne teria sido comprometida e provocado mau cheiro que levou a uma vistoria da Vigilância Sanitária. Todo o lote foi descartado.

Daniel disse na comissão que a decisão de descartar a carne foi dele e que recebeu sugestão de assessores para aproveitar parte do material. Veja abaixo momento em que o prefeito fala sobre manipulação da CPI
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