O decreto para implantação do novo sistema de zona azul em Marília, divulgado no sábado, deve sofrer novas mudanças para reduzir a área de cobrança e excluir o entorno do Hospital das Clínicas e do Hemocentro. A Emdurb também deve ampliar o prazo de concessão de dez para 15 anos.
As mudanças foram definidas em encontro da Emdurb com representantes de diferentes organizações na Prefeitura. Será a segunda alteração do decreto, que foi considerado uma surpresa. A Prefeitura já havia retificado a publicação para reduzir a tarifa – o decreto inicial previa R$ 2.,50 por hora, o novo texto estabelece R$ 1,50 por hora.
A eliminação da zona sul em torno do HC atende um pedido da superintendente da entidade, Paloma Libânio, que apontou a zona azul como fator de restrição a atendimento a pacientes, doadores e profissionais de serviços essenciais e mantidos para comunidade de baixa renda.
O encontro chegou a discutir redução maior, como a exclusão da avenida das Esmeraldas e todo o entorno do Fórum, mas estas reivindicações foram descartadas.
Também foi rejeitada, até com apoio de comerciantes, a redução dos horários. A cobrança deve ser feita das 8h às 18h de segunda a sexta e das 8h às 13h aos sábados, com alterações quando o comércio abrir em horário especial.
O presidente da Emdurb, Valdeci Fogaça, disse que as mudanças atendem novo formato de decisões da empresa para medidas de impacto. “Pretendemos debater todos os projetos com a comunidade. A gente está em um crescente para melhorar esse diálogo”, disse o dirigente da empresa.
O serviço será prestado por uma concessionária a ser contratada por licitação. O edital da licitação ainda será lançado mas Valdeci adiantou que ele vai prever inovações como a exigência de sistemas de controle eletrônico da chegada e saída dos carros para permitir cobrança proporcional.
“Com a cartela, você paga e não importa quanto tempo usa. Queremos que o sistema digital permita ao motorista pagar e comprar saldo de créditos, que seria descontado de acordo com o que usa: ficou meia hora paga meia hora”, disse Fogaça.
O dirigente da Emdurb disse não acreditar que a medida represente limitação para licitação ou privilégio a empresas que tenham o sistema. “Teremos parecer jurídico, os debates, mas a ideia é que seja serviço que atende o usuário. Estamos inclusive visitando outras cidades onde os sistemas são implantados para analisar estas questões.”