Com pouco mais de 20 horas de rebelião, a revolta de presidiários na Penitenciária de Lucélia tem um defensor público de Marília entre os reféns: Fernando Rodrigo Mercês Moris, retido com outros dois colegas da defensoria no início da revolta. Mas já há informações de que o caso caminha para uma solução. Os presos teriam libertado há pouco um dos defensores, identificado como Leonardo. Os outros seriam liberados em breve.
A informação sobre a liberação do defensor começou a circular em redes sociais de advogados e serviços públicos por volta das 11h desta sexta. Não há relatos de agressões aos defensores, embora existam informações de presos feridos. Os bombeiros não foram autorizados a entrar para atendimento.
Moris tem anos de atuação em causas coletivas pela Defensoria na cidade, incluindo atendimento a famílias em áreas de risco, combate à discriminação e preconceito e atendimento em berçários.
O defensor entrou na penitenciária na manhã de ontem (quinta,26) acompanhado de dois colegas da defensoria. Pouco depois, durante o horário do chamado ‘banho de sol’, os presos iniciaram a rebelião por volta de 14h. Desde então os defensores estão como reféns. As negociações foram interrompidas às 22h de ontem e retomadas na manhã desta sexta.
Não há informações oficiais sobre as causas da rebelião. Familiares de presos que acompanham o caso ao lado da penitenciária indicam que o problema seriam as más condições do presídio, com excesso de detentos.
A Penitenciária de Lucélia tem capacidade para 1440 presos e estaria com 1820. Os detentos queimaram colchões e outros materiais e provocaram cortinas de fumaça no prédio.