Marília

Desembargador rejeita primeiro pedido para liberar radares; TJ vai julgar recurso

Desembargador rejeita primeiro pedido para liberar radares; TJ vai julgar recurso

O desembargador Marcelo Theodósio, da 11ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça, rejeitou o pedido da Prefeitura de Marília para anular de forma imediata os efeitos da liminar da Justiça de Marília que suspendeu licitação e contratos para instalação de radares em Marília.

O pedido faz parte de um recurso apresentado pela prefeitura contra a decisão e o mérito do recurso ainda precisa ser julgado, em decisão que será tomada pela Câmara de forma conjunta.

Em um despacho curto,  com dois parágrafos, o desembargador decidiu receber o recurso mas sem o efeito suspenso apresentado como primeiro pedido da administração. Tomou a mesma decisão para outro recurso semelhante, apresentado pela Emdurb.

“Em que pesem os argumentos do nobre Procurador Municipal subscritor da petição de interposição de recurso, não se vislumbra dano irreparável ou de difícil reparação ao agravante de modo a justificar a suspensão da decisão agravada, mesmo porque tal decisão não se mostra abusiva e encontra-se bem fundamentada”, disse o desembargador em seu despacho.

“Assim sendo, processe-se sem efeito suspensivo o presente recurso. À contraminuta do recurso, no prazo legal”, escreveu.

A decisão abre prazo para que a Procuradoria de Justiça se manifeste. Também permite que a defesa do jornalista Norton Emerson, responsável pela ação popular que suspendeu a licitação, apresente seus argumentos contra o recurso.

O julgamento no tribunal arrasta uma novela sobre a polêmica tentativa de instalar os radares na cidade em mais um imbróglio da administração Daniel Alonso, que revogou uma licitação em fevereiro de 2017 – com assinatura do chefe de gabinete, Márcio Spósito – e anulou a própria revogação em setembro.

Em maio deste ano a Vara da Fazenda Pública de Marília atendeu pedido apresentado pelo advogado Fabrício Dalla Torre Garcia em nome do jornalista com indicação de irregularidades na licitação. Como o processo de contratação foi suspenso, também acabaram suspensos os contratos assinados entre a Emdurb e a empresa DCT Tecnologia.