O tratamento desigual que criou ‘privilégios’ em reajustes no Complexo Famema antecipou a campanha salarial na instituição – a data base da categoria é 1º de junho – e provocou um abaixo-assinado de funcionários contra as desigualdades na instituição.
O documento já é distribuído nos diferentes departamentos do complexo para adesão de trabalhadores a uma carta que pede isonomia salarial e no vale alimentação.
Com o abaixo-assinado, a Associação de Funcionários da Famema e Famar – fundação de apoio ao complexo – iniciou divulgação da data-base e diferentes reivindicações dos trabalhadores.
“Faltam 40 dias para a data-base, 47 dias para aniversário de três anos da Operação Esculápio, melhores condições de trabalho, igualdade em benefícios e vencimentos”, diz mensagem da Associação.
A manifestação é resultado da desorganização administrativa do Complexo, que tem pouco mais de 600 funcionários vinculados ao governo do Estado entre mais de 2.000 trabalhadores contratados em duas autarquias estaduais e duas fundações.
Apenas os trabalhadores ligados ao Estado receberam reajuste salarial, 3,5%%, enquanto a maioria acumula anos sem reposição. Para agravar a situação na semana passada uma carta revela reajuste no plano de saúde: 13,3%. O salário vai perder poder de compra.
A campanha antecipada aproveita um momento político importante. O novo secretário estadual da Saúde, Marco Antonio Zargo, toma posse no cargo nesta terça-feira (24) a partir de 10h.
A Famema mantém uma reivindicação antiga para que o governo do Estado assuma todos os trabalhadores do complexo, estadualizado em 1994, e promova uma reestruturação administrativa.