Marília

Despedida a Roberto Mizobuchi tem emoção e carinho em Marília

Velório do médico Roberto Mizobuchi reúne amigos, autoridades e pacientes
Velório do médico Roberto Mizobuchi reúne amigos, autoridades e pacientes

Grandes nomes da medicina, autoridades, alunos e muitos pacientes anônimos acompanham desde o início da manhã desta quinta-feira em Marília o velório e despedida ao ortopedista Roberto Mizobuchi, 63, falecido na noite de quarta em São Paulo.

Professor e dirigente na Famema, profissional consagrado na área médica, Mizobuchi foi lembrado na despedida por legado profissional, de relacionamento e dedicação à família, trabalho e esporte.

Além do público, este reconhecimento está gravado nas mensagens de diferentes instituições e pessoas de Marília e toda a região. As histórias de atendimento de sucesso vão muito além das fronteiras de Marília.

Mizobuchi comandou por muitos anos o departamento médico do MAC (Marília Alético Clube) e foi velado com a bandeira do time sobre suas pernas.

Ex-dirigentes, atletas, torcedores e profissionais da área esportiva foram à despedida, que deve ser encerrada no início desta tarde para transporte do corpo a Londrina, cidade de origem, onde vive família do ortopedista e onde ele será sepultado.

Mizobuchi faleceu em consequência de um tipo agressivo de leucemia. Foi submetido a um transplante de medula óssea em 27 de março e teve o filho, Fábio, como doador. Seu quadro clínico agravou-se no início da semana e o falecimento ocorreu por volta de 20h30 da quarta-feira.

“É uma perda para a medicina, para a cidade. Era uma referência em ortopedia. É uma perda para a Famema, onde ele era um dos expoentes. A Famema deve muito a ele como formador de médicos e como formador de opinião. Todos nós perdemos. Perdemos um amigo, um médico. Um modelo de pessoa, adorado pelos alunos, funcionários. Uma perda irreparável” disse o médico otorrinolaringologista José Carlos Nardi, amigo e dirigente da Famema.

“Era uma pessoa muito querida, desenvolveu num trabalho muito importante em Marília, um trabalho muito grande no MAC e mais que profissional como professor de ortopedia e traumatismo”, disse o gastroenterologista  Valdir Fagundes de Queiroz


Bandeira do MAC sobre o caixão: história de dedicação à medicina e ao esporte

O médico destacou o volume e perfil do público que foi à despedida. “Reflete como ele era e o que ele foi. É lamentável este momento. Um grande homem, a cidade teve o privilégio de tê-lo e eu como colega de trabalho tanto na Santa Casa quanto na faculdade de Medicina de Marília.”

O radiologista Ricardo Baaklini disse que foi sempre um excelente médico mas o mais importante foi a formação que deu a inúmeros médicos que estão em todo o Brasil.  Lembrou que o médico adotou a cidade e foi “um verdadeiro mariliense, um verdadeiro cidadão, exemplo para muitas gerações.”

“Seu trabalho sempre consciente, sua ligação ao esporte, que refletiu em filhos que sempre foram atletas inclusive em equipes brasileiras. Foi tudo o que a gente pode esperar de um grande médico, um grande homem, um grande pai e um grande esportista.”

Pacientes e seus familiares também foram prestar última homenagem, como o advogado aposentado da AGU (Advocacia Geral da União) Ataliba Monteiro de Moraes, que teve familiares atendidos por Mizobuchi e lembrou sua relação com a cidade. “Uma grande pessoa e a presença deste número de profissionais, de alunos dele, de pessoas que ele atendia mostra bem isso.”