Marília

Dise indicia 22 e pede prisões preventivas por tráfico e organização; acusa jovens ricos

Dise indicia 22 e pede prisões preventivas por tráfico e organização; acusa jovens ricos

A Dise (delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Marília indiciou 22 acusados e pediu a prisão preventiva de todos no relatório final da primeira etapa da Operação Synthlux que investiga organização de tráfico de haxixe e drogas sintéticas com base na cidade.

O documento foi apresentado à 1ª Vara Criminal e já encaminhado ao Ministério Público do Estado de São Paulo que vai decidir se os 22 acusados serão denunciados para julgamento ou se haverá necessidade de mais investigações.

O MP também deve apresentar parecer sobre o pedido das prisões preventivas. Atualmente os acusados cumprem prisão temporária, que vence na próxima semana. Quatro dos investigados alvos dos mandados de prisão são considerados foragidos.

A lista dos investigados envolve pessoas de Marília, Ourinhos, São Paulo e nas regiões de Catanduva e Matão.

O nome da operação é um jogo de palavras com os termos sintéticas e luxo, que tratam das drogas distribuídas e do perfil de classe média e alta de alguns dos investigados. Muitas das buscas e apreensões envolvem endereços em bairros nobres da cidade.

Segundo a investigação de pouco mais de um ano coordenada pelo delegado João Carlos Domingues, da Dise, a organização atuava em Marília com distribuição de drogas sintéticas e haxixe, inclusive com produção local.

Informações sobre o relatório obtidas pelo Giro Marília mostram que a investigação atingiu pessoas em outros Estados, como Santa Catarina e Pernambuco.

O grupo é acusado de promover distribuição dos produtos por sistemas dos Correios e empresas particulares de logística.

A Dise identificou ainda testemunhas – algumas delas também pessoas de classe média e alta =- que confirmaram compra de entorpecentes vendidos por alguns dos acusados.

O relatório aponta ainda uma organização criminosa com liderança de um jovem que teria carros e imóveis em seu nome e de terceiros e conversas, mensagens, depósitos bancários e recebimentos que mostram relação e comando a outros investigados.