Marília

Dissidentes marcam encontro para discutir crise de sindicato dos servidores

Dissidentes marcam encontro para discutir crise de sindicato dos servidores

Servidores municipais que integram bloco dissidente no sindicato da categoria iniciaram nesta segunda uma mobilização para reunir funcionários de diferentes setores da administração em um encontro na Câmara que vai discutir o racha, as suspeitas sobre as contas e a convocação de uma assembleia extraordinária na entidade.

Os dissidentes protocolaram há 12 dias um pedido para que a diretoria do Sindicato convocasse a assembleia especial para discutir as contas rejeitadas, orçamento para este ano e outros detalhes da gestão. Apesar da rejeição das contas e do pedido de assembleia extra, o grupo não avalia que seja um racha no sindicatoi.

“São servidores que descontentes com atuação da direção do sindicato foram buscar no estatuto as formas discutir essa situação, buscamos um sindicato forte e representativo”, diz Luciano Cruz, servidor do Daem e um dos articuladores do grupo.

O encontro está marcado para às 18h de quarta-feira (22) na Câmara de Marília. “Estamos fazendo os convites pessoalmente em alguns seções, em contatos por telefone e nas garagens”, explicou o servidor.

Na sexta-feira o grupo recebeu uma resposta em forma de contranotificação em que a direção do sindicato argumenta que o estatuto é omisso sobre prazos para convocação e que analisa o pedido.

O grupo dissidente surgiu a partir da assembleia de 2015 que deveria aprovar as contas e plano de orçamento da entidade. Com pouco mais de 20 trabalhadores presentes, 15 votaram contra a direção do sindicato. Apesar de as contas serem rejeitadas nada mudou na entidade.

Luciano Cruz disse que o encontro de quarta-feira é aberto à toda a categoria, que não foram convidados políticos ou vereadores e que o grupo vai insistir na convocação da assembleia. Deve procurar o conselho fiscal da entidade e caso ainda enfrente resiste estuda medidas judiciais para provocar a convocação.

A presidente em exercício do Sindicato, Maria Aparecida Cidrão, disse ao Giro que a entidade vai tomar todas as medidas de acordo com o estatuto e com a legislação e disse que a direção não vai permitir o uso partidário da entidade.

Cidrão assumiu a direção com o afastamento do presidente, Mauro Cirino, que deve ser candidato a vereador nas eleições de outubro.