No último dia 29, a Presidente afastada e agora cassada Dilma, falou em sua defesa no Senado, foi o dia em que ela foi ela mesma e não poderia ter sido. Ou seja, ela não foi humilde e nem extrovertida com os senadores para angariar os votos necessários para a sua permanência no exercício da presidência. Tinha que ter citado o nome de Sanador por Senador, principalmente daqueles que fizeram parte do seu governo, chorar, se arrepender. Não fez e não conseguiu os sete votos que lhe faltaram. Por 61 a 20, perdeu seu mandato como Presidente da República, mas continua habilitada para a função pública.
Ao fatiar a votação do processo de impeachment, o Presidente do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, deu “uma no cravo e outra na ferradura”, já que comandou o processo que a cassou e a livrou para em 2018, poder concorrer ao cargo de Senadora por exemplo e com certeza, ela irá continuar no cenário político. O Presidente do Senado foi ainda mais longe, ao anunciar que votaria a favor da continuidade dos seus direitos políticos, “deu uma facada nas costas” do Temer e do próprio PMDB. Não só rachou o partido, como aumentou e muito, os problemas que o Presidente terá nesses dois anos de mantado.
O PT passou treze anos na situação e volta para a oposição e não será fácil para que o Temer consiga realizar as medidas necessárias para o andamento do país. O ato do Renan também caiu como uma bomba no PSDB e possivelmente não irá ficar no governo. Ou seja, o país estava ruim com a Dilma, ficará muito pior sem ela.
Pela segunda vez, o PMDB assume a presidência de forma indireta. Em 1985, o Sarney assumiu após a morte do Tancredo e com o Plano Cruzado, jogou o país no caos. Hoje, o Temer assume e vamos esperar para ver. A não perda dos direitos políticos da Dilma representa dos males o menor.