Marília

É hora de cumprir promessas, pelo menos as feitas depois da campanha

Prefeito Daniel Alonso e o Vice, Tato, durante solenidade de posse na Câmara
Prefeito Daniel Alonso e o Vice, Tato, durante solenidade de posse na Câmara

Daniel Alonso fez promessas de campanha eleitoral que não cumpriu – cortar os cargos comissionados é a mais famosa delas. Nada de novo na política, mas ruim para quem prometia ser a inovação.

Mas Daniel Alonso fez promessas depois de eleito. Não precisava mais dos votos. Fez para ganhar a plateia? Fez por desconhecimento? Sabe Deus, mas fez e o mínimo é que ele cumpra o que prometeu já como prefeito. Ele acumula tropeços.

Prometeu uma gestão eficiente, era o lema do anúncio do secretariado. Já teve de apagar pelo menos dois incêndios porque adiou medidas administrativas, no caso da destinação do lixo e agora dos tais dos cargos.

Prometeu fazer mais com menos. Significa usar o orçamento para fazer o que não era feito. Não conseguiu, em dez meses de gestão começou a acumular dívidas. E decidiu que a saída é jogar a conta para o contribuinte de forma indiscriminada, entre ricos e pobres, com mesmo impacto de um aumento no IPTU.

Prometeu enviar para a Câmara um projeto de Plano de Carreira em 90 dias. Em 300 dias não fez e o secretário da Administração, José Alcides Faneco, disse durante entrevista que – “opinião pessoal” – a Prefeitura já tem um plano de carreira por causa dos aumentos embuidos em anuêncios e possibilidades de progressão por mérito e afirmou ainda que é normal os servidores defenderem plano, mas que não há condições financeiras para fazer a lei.

Daniel prometeu transparência na primeira coletiva de imprensa depois de ser eleito. Atrasou mudanças aprovadas na Câmara e quando decidiu aumentar impostos deu um susto em toda a cidade, incluindo os vereadores governistas.

Prometeu “atenção total aos 13 vereadores” e além do projetos enviados sem discussão a Câmara já coleciona casos de discussão entre secretários e parlamentares, especialmente com os da oposição que, queiram ou não o prefeito e seus assessores,  estão entre os 13 da “atenção total”.

Como acontece desde o começo da gestão, Daniel enfrenta momentos de crise que nascem dentro da administração ou a partir da forma como adota as medidas. Já teve dez meses para corrigir estes rumos. Fazer este ajuste de relacionamento com a comunidade é só mais uma das promessas do prefeito eleito que precisa ser cumprida.