Marília

Economia, água e asfalto serão temas de 2015, prevê Herval

Economia, água e asfalto serão temas de 2015, prevê Herval

Dificuldades econômicas, abastecimento de água e a recuperação e manutenção de ruas devem ser os grandes temas da cidade em 2015. A previsão é do novo presidente da Câmara, o advogado Herval Rosa Seabra, 68. Ele assumiu a função nesta quinta-feira, mas desde o dia 31 já era apresentado como presidente pelo site oficial do Legislativo.

Próximo dos 40 anos de atividade pública sem nunca ficar sem mandato, Herval Seabra assume a Câmara pela sexta vez em sete mandatos no Legislativo. Diz esperar um mandato de união, sem grandes dificuldades nas votações – o que já foi mostrado em sua eleição.

Eleito pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro) com 1393 votos, Herval Seabra já foi da Arena na década de 70, PMDB nas décadas de 80 e 90 e PSD nos anos 2000. Sua maior votação para o Legislativo foi em 2008, quando recebeu 1813 votos.

A partir de 1977, quando foi eleito pela primeira vez, só esteve fora da Câmara entre 1989 e 1992, quando foi vice-prefeito no mandato de Domingos Alcalde. Chegou à presidência neste ano em uma das votações mais tranquilas da história do Legislativo e um rolo compressor do bloco governista: 10 votos em todos os candidatos da situação, para todos os cargos. Veja o que o novo presidente espera do ano para a Câmara e a cidade:

GIROMARÍLIA – Como avalia 2014?

HERVAL ROSA SEABRA – Foi um ano complicado, especialmente por causa das eleições. O país acaba travado, ainda mais com uma disputa acirrada e que deixou arestas ainda não aparadas em nível nacional. Então passamos um longo período de expectativa, de poucas ações.

Foi um ano em que até o tempo conspirou contra o Estado todo, com poucas chuvas, problema agravado de seca, Mas que em Marília foi até razoável, com menos problemas que anos anteriores, muito em função do trabalho da prefeitura e do prefeito Vinícius Camarinha, que fez os poços, a redistribuição, reservatórios. Melhorou um pouco.

GIROMARÍLIA – O senhor assume o Legislativo em um ano de previsões pessimistas na economia. O que espera para 2015?

HRS – Acho que vamos ter um ano difícil para o Brasil, a economia vive perspectivas ruins e deve envolver também as prefeituras nessa situação. Acaba refletindo na arrecadação, nos repasses de recursos, nos investimentos federais. E isso acaba envolvendo nesse nível de complicação não só os municípios, mas ao fim todos os brasileiros.

GIROMARÍLIA – Como a Câmara se insere? Como isso influencia seu mandato e a atuação dos vereadores?

HRS – Eu pretendo como presidente manter um procedimento que já vinha do Nardi (Luiz Eduardo Nardi, vereador e atual presidente) e de outros mandatos que é buscar valorização do Legislativo, o reconhecimento como um poder importante e um braço de apoio para a população. Espero que seja um mandato de união, de bons projetos e de tramitação rápida para grandes projetos, que a Câmara possa ser um instrumento de soluções de problemas da comunidade.

GIROMARÍLIA – O senhor citou a questão da seca. Água ainda será o grande tema da cidade em 2015?

HRS – Água é um tema permanente, pela localização geográfica da cidade, pela expansão, pelo crescimento de loteamentos, edificações. É um problema que vai acompanhando o progresso da cidade e graças a Deus vamos torcer para que continue sendo assim, que a cidade continue crescendo e encontrando as alternativas. É um processo permanente de perfuração de poços, ampliação da capacidade de reservas, adutoras de distribuição. Não acredito que se possa falar em resolver definitivamente o problema de água.

Teremos também como tema a questão do recape de asfalto. Muitas ruas com muitos problemas de asfalto antigo, que já venceu o prazo e em que não adianta mais fazer tapa buracos. Não suporta, você tapa, na primeira chuva abre de novo. A prefeitura recapeou várias ruas e percebemos melhorias. Então a cidade tem que ampliar esse programa de recape, mas que depende de grandes recursos e não sei se o município terá esses recursos. Como eu disse antes, será um ano difícil.”