Um abaixo-assinado com participação de professores, pais e alunos virou uma das frentes de reação contra um projeto do governo do Estado para reformulação do programa de Educação de Jovens e Adultos que segundo os educadores vai desmontar o sistema.
O documento, que já tem 4.100 assinaturas, pretende chegar a 5.000 nomes para ser encaminhado aos deputados estaduais.
Segundo o documento, uma resolução da Secretaria de educação implica em medidas como redução do tempo de atividades e cortes no quadro de professores em meio à retomada que encontra muitos alunos com perda de conteúdo
“A resolução prevê que os Centros Estaduais de Educação de Jovens e Adultos tenha uma diminuição de 12 horas para 8 horas…Irá acabar com o caráter de educação flexível prevista por Lei desde a implementação dos CEEJAs, então CEES, na década de 80”, diz o documento.
A preocupação maior é a evasão de alunos que trabalham e dependem de horários específicos. Eles foram grande parte do público atendido.
“É preciso romper com uma visão de educação à luz da eficiência, ou seja, como mercadoria. Precisamos conceber a educação numa perspectiva transformadora, emancipadora e à luz da formação humana”, diz o professor João Ras, Doutor em Educação e pesquisador da área de Teorias e Práticas Pedagógicas e da Educação de Jovens e Adultos na Unesp de Marília.
A demissão pode atingir ainda vice-diretores e agentes de organização escolar. Há projeção como uma escola com 24 educadores que passaria a ter 14.
Para aderir ao manifesto acesse a página do abaixo-assinado na internet.