Em 24h, a Prefeitura de Marília homologou e cancelou contrato com a empresa DTC Serviços para instalação de radares em Marília, uma medida polêmica que já provocou racha na bancada de vereadores governistas e um projeto de lei contra a terceirização do serviço.
A homologação foi divulgada no Diário Oficial do Município da terça-feira, dia 27. Nesta quarta, a Emdurb anulou a decisão e a contratação dos radares fica parada mais uma vez.
A situação provocou nova reação da Câmara de Marília, que protocolou no TCE (Tribunal de Contas do Estado) mais documentos sobre a licitação e legislação na cidade. Os novos documentos não foram divulgados.
O vai-e-vem de decisões não é novidade neste caso. Lançada em 2015, na gestão do ex-prefeito Vinícius Camarinha, a licitação para contratar os radares foi suspensa três vezes ainda no mandato anterior.
Após Daniel Alonso assumir a prefeitura, em janeiro de 2917, a licitação foi revogada, em ato assinado pelo chefe de gabinete do prefeito, Márcio Spósito.
Em dezembro do ano passado a prefeitura anulou a revogação e tentou retomar licitação e instalação de forma acelerada. Trombou com a reação da Câmara contra falta de informações e a pressa em contratar um serviço terceirizado.
A insegurança no caso é ainda maior pela absoluta falta de transparência. Nem a Prefeitura e nem a Emdurb tornaram públicas nenhuma das decisões. Não há atualização nas páginas de acompanhamento da licitação e nem divulgação de documentos.
Para piorar o quadro, um levantamento da Matra (Marília Transparente) aponta superfaturamento de preços no orçamento apresentado pela empresa. O caso já provocou a abertura de um inquérito civil na Promotoria de Marília.