A empresa Entrevistas, que assumiu no começo do mês a concessão da rodovia SP-333, apresentou na manhã desta quinta-feira em Marília detalhes do projeto de duplicação da estrada e os valores previstos para cobrança nas quatro praças de pedágio que serão implantadas entre Florínea e Pongaí, duas delas dentro do território de Marília.
As obras de recuperação do asfalto devem começar nos próximos dias – a previsão era de 30 dias a partir da concessão, no dia 6 de junho – e a duplicação dos nove quilômetros entre Marília e o entroncamento com a BR-153 deve ficar pronta em um ano.
As quatro praças de pedágio do primeiro trecho, que vão da divisa com o Paraná até Borborema, começam a operar em abril de 2018. Outras quatro, no segundo trecho da rodovia, entre a região de Ribeirão Preto e a fronteira com Minas Gerais.
Marília será sede de dois pedágios, embora um deles esteja e identificado no projeto como praça de Echaporã. O primeiro fica no km 314, entre Marília e Júlio Mesquita, pouco metros antes do entroncamento com a BR-153, mas não atinge quem mora em Rosália e Dirceu.
O segundo fica no KM 354, pouco antes do trevo com a rodovia 421, que leva a Oscar Bressane, Lutécia e Paraguaçu. Ou seja, moradores destas cidades vão pagar pedágio para vir a Marília. Veja abaixo o mapa com os valores.
A apresentação do projeto trouxe para a cidade a diretoria da empresa. O presidente da empresa, Sérgio Ray Santillan, disse que o contrato de concessão dos 570 quilômetros da rodovia, que envolve dois trechos, apresenta diversas inovações no setor.
As cobranças e localização das praças de pedágio dominaram as perguntas de prefeitos e usuáios. Santillan disse que a localização foi definida pelo Governo do Estado no projeto de concessão, mas admitiu discutir com a Prefeitura de Pongaí a mudança da praça que vai ficar poucos metros antes do acesso a uma grande área de lazer da cidade e pode penalizar os usuários.
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O diretor-presidente da companhia evitou entrar em polêmica sobre a ação judicial que tramita na Justiça Federal com pedido para mudança da praça ao lado da rodovia BR-153, que envolve ainda pedido do Ministério Público Federal para que seja criado modelo de cobrança que não penalize moradores que usam poucos quilômetros. Sérgio Santillan disse que a ação começou antes mesmo da concessão e a empresa não participou dos estudos para implantação das praças e nem da audência de conciliação.
Segundo o executivo, o Centro de Controle Operacional será instalado em Marília e terá 12 funcionários no monitoramento da rodovia e dos diferentes postos de serviços espalhados pelos 570km.
Envolve 17 bases de atendimento a usuários, com 17 ambulâncias, 12 guinchos, dois veículos para recolher animais e 11 veículos de inspeção. A rodovia terá 300 câmeras de monitoramento e sistemas informatizados que permitem identificar excesso de peso de veículos e até paradas de grandes veículos fora dos pontos de inspeção.
A empresa prevê chegar a 400 empregos diretos no pico de operação. A Entrevias projeta duplicação de 211 quilômetros, dos quais a implantação de uma ponte sobre o rio Tietê, em Pongaí, é o maior desafio.
No quarto ano da concessão, em 2021, a empresa prevê duplica 53 quilômetros de pista. Segundo a Entrevias, a arrecadação de ISS(Imposto Sobre Serviços), vai beneficiar 14 municípios. As prefeituras com sedes de pedágio são as mais beneficiadas.
O encontro de apresentação da obra atraiu convidados de 15 municípios, entre autoridades, usuários e prestadores de serviços. Além do presidente da empresa, trouxe para a cidade o diretor administrativo, David Mota; o diretor de engenharia, Mauro França, e superintendente de engenharia Márcia Fragoso.
