O serviço de transporte coletivo subiu 32% em 2014. Ainda assim, a empresa Grande Marília, responsável pelo transporte coletivo em 50% da cidade, está em campanha por aumento de tarifas – quer 15% de reajuste – e já divulgou pelo menos duas ameaças contra usuários do serviço e a administração municipal.
A Grande Marília, com sede em Bauru, tem sede administrativa e garagem dos veículos no Santa Antonieta e é responsável por atender as linhas que cobrem as regiões Norte e Leste da cidade.
No mais novo “aviso” a empresa ameaça paralisar no dia 16 os serviços que disputou tanto para conseguir caso não tenha reajuste.
A polêmica começou quando a empresa decidiu de forma unilateral alterar itinerários entre outras medidas para cortes de gastos – que pode incluir também demissão de cobradores – para ajuste de custos.
A prefeitura reagiu e a empresa anunciou em nota distribuída à imprensa que as medidas seriam tomadas – ou seja, em nenhum momento admitiu atender determinação da prefeitura – para evitar que “o próximo reajuste da tarifa tenha grande impacto sobre valor pago pelos usuários pela prestação do serviço”, como se a empresa tivesse o poder para decidir o valor final da tarifa.
Essa decisão é do prefeito Vinícius Camarinha que passa a ter um problema a mais no caso: se der o reajuste estará validando a ameaça e a postura da empresa como dona do transporte na cidade.
O último aumento da passagem foi autorizado dia 31 de dezembro e passou a vigorar em janeiro. Foi de 14% e elevou a passagem básica de R$ 2.50 para R$ 2,85.
Duas empresas prestam serviços na cidade: Grande Marília e Cidade Sorriso. Em março de 2014 a passagem já havia subido, quando passou a vigorar o valor de R$ 2,50.