A empresa CMR-4 Engenharia e Comércio Ltda, de Bauru, que em 2013 entrou com mandado de segurança pra barrar a licitação das obras de tratamento de esgoto em Marília, agendou vistoria para conhecer a estrutura do Daem para processo de privatização dos serviços de água e esgoto na cidade.
A vistoria técnica de toda a estrutura, com acesso a todas as áreas e obras do departamento, está autorizada pelo edital de concorrência para a concessão, que fará exatamente daqui a uma semana, no dia 25, a abertura dos envelopes com propostas de empresas.
A participação na vistoria não representa que a empresa vá apresentar propostas para o contrato, que exige investimento de pelo menos R$ 589 milhões para 35 anos de concessão.
Apesar de sua participação na licitação das obras e seu interesse na concessão, a empresa não tem qualquer atividade em gestão ou manutenção de serviços públicos.
Segundo o site oficial da CMR-4, a empresa atua com fornecimento de material – especialmente tubos – para redes de distribuição de água, obras de implantação das redes e projetos de urbanismo em loteamentos e condomínios.
O contrato de concessão envolve toda a gestão de fornecimento e água, tratamento de esgoto, cobrança e atendimento a consumidores.
E envolve também obras para as quais, mesmo que não assuma o Daem, a CMR-4 agora pode ter informações estratégicas para participar na execução ou fornecimento de material.
Além da CMR-4, já fizeram a vistoria duas outras empresas, que já haviam mostrado interesse na concessão do Daem: a Sabesp, a maior empresa de saneamento do país, que é também uma sociedade anônima controlada pelo governo do Estado, e a Aegea, uma holding privada que reúne diversas empresas do setor.