Marília - Um empresário de 39 anos é acusado de maus-tratos contra galos em apuração de exploração de rinhas com os animais em Marília.
A polícia fez buscas e apreensões em dois imóveis dele e também apreendeu munições de calibre .380 e 22.
Ele recebeu autuação de R$ 15 mil por maus-tratos, R$ 1.000 por manter fauna silvestre em cativeiro e R$ 17 mil por introduzir animal exótico no Estado.
A delegada Darlene Rocha Costa Tosin comandou a ação com mandado de busca na residência. Os policiais encontraram 13 galos em gaiolas de madeira.
“Também encontramos nos imóveis dois canários da terra sendo mantido em cativeiro, além de medicamentos e seringas usados para tratar de galos com ferimentos em disputa de rinhas”, disse a delegada.
Durante as buscas a equipe localizou também 40 munições intactas de calibres .380 e 22. “Ele disse que possuía uma arma, mas teria deixado na posse de um amigo e recusou a fornecer sua identidade”, afirmou.
Ainda de acordo com o registro, o empresário confessou que mantinha outros galos em uma propriedade na rua Narciso Ribeiro, no bairro Nova Marília.
“Encontramos animais em situação de maus tratos e alguns com lesões e mutilações. As buscas ainda apreenderam rebolo, buchas e biqueiras usadas para a disputa de rinhas”, disse.
O empresário vai responder a investigação por maus-tratos e posse irregular de munições. A polícia encaminhou o acusado para audiência de custódia na Justiça de Marília.
Multa ambiental
Uma equipe da Polícia Ambiental que atua na “Operação Impacto e Piracema” recebeu chamado para acompanhar a busca e e constatou dois galos Índios multilados em gaiolas individuais.
Além disso, registrou dois canários da terra e três Tarim – Pintassingo Venezuelano, sem licença para o cativeiro.
“Nas buscas encontramos vários medicamentos utilizados nos galos Indios, como antibióticos, antinflamatórios, curativos e seringas para aplicação.
Os galos ficaram sob responsabilidade provisória de uma ONG da cidade. A polícia soltou os canários da terra, uma vez que apresentavam estado bravio.
Os pássaros Tarim, exóticos, ficaram com o infrator até o atendimento ambiental. A espécie consta na lista oficial de animais ameaçados de extinção (CITES).