Um grupo de empresários acelerou a partir de ontem (quinta-feira, 21) mobilização contra as restrições ao comércio durante a quarentena e uma lista com nome de 72 empresas dispostas a abrir as portas mesmo sem flexibilização das medidas circulou em redes sociais.
A pressão pela desobediência civil foi abafada mesmo entre empresários. O Giro apurou que a lista de estabelecimentos dispostos a abrir teve adesão abaixo de 50% dos envolvidos na discussão.
A cidade teve ainda um encontro de empresários para discutir medidas de pressão e alternativas para funcionamento de empresas caso a quarentena seja prorrogada.
Uma das medidas definidas foi reforço na articulação política e uma proposta para criar lei municipal sobre serviços essenciais e atuação em caso de epidemia e crise sanitária.
A mobilização de bastidores chegou ao poder público. Em uma live na noite desta quinta o prefeito Daniel Alonso pediu paciência aos empresários por mais uma semana, até que as definições sejam divulgadas.
“Sei que tem muita gente já está pensando até em partir para desobediência, abrir na marra, grupos de empresários que já estão se organizando, tentando fazer isso…o país é livre, mas o conselho que eu dou é: espera mais um pouquinho, já estamos sofrendo há mais de 60 dias, vamos aguardar mais uma semana”, disse Daniel.
Mas mesmo os empresários contrários à desobediência defendem que a cidade tenha plano B de atuação para a possibilidade de o governo do Estado manter a quarentena ou não promover flexibilização que atenda das expectativas.
Além do decreto estadual, o fechamento das empresas em Marília é reforçado por uma sentença judicial que obriga a prefeitura a seguir as regras do Estado e fiscalizar empresas.
Daniel falou sobre as fiscalizações e lembrou a lacração da Havan. “Não é fácil fechar, lacrar uma loja de um amigo. O Luciano Hang se tornou um amigo pessoal, particular, de ligar com frequência. Esses dias estava me ligando praticamente todos os dias. Um guerreiro, um lutador e eu ter que fechar, lacrar a loja de um amigo é uma situação muito delicada. Eu gostaria que vocês compreendessem e se colocassem no meu lugar.”