Empresários de indústrias, prestação de serviços e comércio de Marília e região participaram nesta quinta-feira do lançamento do manifesto Eu Não Vou Pagar o Pato, uma iniciativa da federação das Indústrias do Estado de São Paulo reproduzida na cidade pelo Ciesp.
O protesto combate a proposta de criação de novos impostos como forma de ajustar contas públicas. Ataca especialmente a proposta de criação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeira), que incide sobre as mais diversas formas de serviços bancários, como pagamentos, aplicações, empréstimos.
O ato coleta assinaturas em apoio ao manifesto, uma iniciativa do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e conta também com um site (acesse AQUI) que permite assinar online a iniciativa, além de divulgar as informações, imagens e motivos da campanha. A publicação inclui uma ampla lista de produtos com seu valor de venda e o custo de impostos embutidos nestes preços.
“Nosso movimento é por uma causa nobre: a volta da produção em nosso País”, disse o diretor do Ciesp-Alta Paulista, Chikao Nishimura, da indústria Jacto de Pompeia. Segundo ele, a região já reuniu centenas de assinaturas de apoio ao movimento, antes mesmo do lançamento.
O presidente da Associação Comercial de Ma´rilia, Libânio Victor Nunes de Oliveira, lembrou que o “impostômetro” criado pela Associação Comercial de São Paulo para medir o valor financeiro arrecadado pelos Governos: municipal, estadual e federal, está próximo de atingir R$ 2 trilhões.
“Quem mais sofre é quem paga imposto. Aquele que paga corretamente só vê o valor aumentar e não nota os benefícios disso na qualidade de vida da comunidade”, comentou.
Empresários participam de reunião após protesto em Marília – Divulgação
O manifesto foi lançado na praça João Paulo II, em frente a Galaria Atenas no período da manhã. Depois, Chikao Nishimura reuniu os empresários participantes para uma reunião e orientou empresários a agir com muita cautela pelo momento econômico e político do país.
“Penso que o momento seja de investimento em gestão interna, procurando enxugar ao máximo os gastos das empresas e principalmente cautela nos investimentos.”
Para ele, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff autorizado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deve provocar situações de paralisia na economia do país.
“Vamos chamar a atenção para esta questão da carga tributária durante todo o mês de dezembro em nossa região. O povo está bravo e todos concordam que a elevação de impostos está exagerada e descontrolada.”