Marília

Empresas de ônibus pedem corredores exclusivos e negam superlotação em audiência

Audiência levou representantes das empresas e da Emdurb à Câmara – Will Rocha/Divulgação
Audiência levou representantes das empresas e da Emdurb à Câmara – Will Rocha/Divulgação

A audiência pública para discutir a qualidade dos serviços de transporte coletivo em Marília terminou com proposta para implantação de corredores exclusivos de ônibus em pontos como a avenida República e a rua Pedro de Toledo, projetos futuros que dependem de equilíbrio financeiro, como uso de micro-ônibus na ligação de bairros na mesma região e negação das empresas em queixa de superlotação.

O encontro teve participação de representantes das duas empresas concessionárias do serviço na cidade – Sorriso de Marília e Grande Marília – e de sete dos 13 vereadores.

Terminou sem solução imediata para as principais demandas citadas: lotação em horários de pico e a falta de pontos de ônibus para atender usuários na espera, especialmente idosos e crianças.

Alexandre Santiago, que representou a Sorriso de Marília, afirmou que novos carros são liberados nos horários de pico de acordo com a demanda, em situações em que passageiros não conseguem embarcar por falta de espaço. Disse que há lotação em horários de pico – especialmente pela manhã – e que esse é um problema do transporte coletivo no mundo todo.

Mas afirmou que a cidade não ultrpassa regulamentação nacional de ocupação em transporte coletivo. Disse que a regra permite até seis passageiros por metro quadrado nos veículos – “no metrô são dez por metro quadrado”, que a cidade atinge no máximo cinco passageiros por metro quadrado.

Emerson Luiz, representante bda Grande Marília, disse que o transporte público em Marília pode ser melhorado, mas que isso depende não só das empresas, mas também do poder público. E defendeu os corredores de ônibus nos momentos de pico. Afirmou que mais de 90% dos carros da empresa passam pela avenida República e falta agilidade por causa do tráfego.

O presidente da Emdurb, Valdeci Fogaça, afirmou que a empresa – responsável por fiscalizar os serviços – vai adotar a medida tanto na República quanto na Pedro de Toledo.

PONTOS DE ÔNIBUS

As empresas foram cobradas também em relação à falta de pontos de ônibus e de abrigos para os passageiros na espera. E “de forma objetiva” informaram que não está previsto no contrato. Esse custo não é da empresas e se for necessário implantar é preciso haver equilíbrio de custos.

Santiago disse que por duas vezes a Câmara aprovou projetos para obrigar as empresas e fazer a implantação e manutenção dos pontos e nas duas vezes a Justiça suspendeu os efeitos das regras.

MICRO-ÒNIBUS

E a segunda grande proposta em destaque no encontro foi a criação  de sistema de micro-ônibus nas interligação de bairros na mesma região. Além de rodar com maior agilidade, são veículos para atender público que deixaria as linhas ramais, mais longas, liberando espaço e vitando sequência de paradas, com maior agilidade. 

A proposta agradou a vereadores e empresas, mas a implantação depende mais uma vez de definição sobre custos. As viagens precisam ser pagas de alguma forma – com passagens ou equilíbrio de alguma forma no contrato –  e o serviço pode demandar novas estruturas, como eventuais terminais regionais para garantir as passagens integradas.

Segundo as empresas, até 40% dos usuários viajam de graça por conta das regras de isenção para estudantes, idosos e outros. As empresas informaram ainda que mantém em torno de 90 ônibus na cidade, com frota renovada em até dez anos de acordo com o contrato