
O CVV (Centro de Valorização da Vida), uma entidade sem fins lucrativos com 57 anos de atuação – foi fundada em 1962 – pode instalar uma unidade em Marília e entrar na rede de reações para prevenção de casos de suicídio na cidade e toda a região.
Um encontro no dia 9 de maio, às 19h30 na Câmara, vai trazer para a cidade representantes da organização para discutir a criação do serviço com voluntários, articuladores e diferentes setores que podem atuar como suporte para a instalação da unidade.
O atendimento chega em um momento importante e com um quadro considerado grave na evolução do número de casos de suicídios na cidade.
Dados da Fundação Seade – principal centro de estatística do Estado – de 2016 mostram Marília com o segundo maior índice de suicídios no Estado, com 8,6 casos por 100 mil habitantes.
O CVV mantém um reconhecido modelo de atendimento por telefone que oferece aos usuários a possibilidade de uma conversa anônima, sigilosa e aberta, com ligações gratuitas, e atendimento 24h por dia, todos os dias da semana. Atualmente o serviço é prestado pelo telefone 188.
O serviço já conta inclusive com um endereço de email para pessoas que queiram se candidatar a atuar como voluntários no atendimento – [email protected] -. Todos devem passar pelo Programa de Seleção de Voluntários (PSV), que envolve o treinamento para a atuação
Cada voluntário precisa ter pelo menos 18 anos e o compromisso de oferecer até quatro horas de trabalho por semana em sistema de revezamento com outros atendentes.
Mas não pense em conselhos, mensagens de fundo moral ou religioso. O que o CVV oferece é um modelo de conversa que dá ao usuário um contato amigo que muitas vezes ele não consegue encontrar na família ou no circulo de relacionamentos.
A instalação da unidade enfrenta desafios como definição do local e a formação do grupo de voluntários com a estrutura de linhas de telefone disponíveis para o atendimento.
Para saber mais sobre o modelo de atendimento acesse o site do CVV, que oferece também canal de atendimento pelo chat.