Moradores e proprietários de chácaras na Estância Uberlândia, na zona sul de Marília ficaram ilhados ou impedidos de chegar às suas propriedades nesta quarta-feira depois que a força da enxurrada vinda de uma fazenda bloqueou ruas e danificou propriedades.
A água formou ‘rio’ nas áreas de acesso e agravou casos de erosões, inclusive em trechos onde os moradores fizeram obras recentes de recuperação.
O problema se arrasta há muitos anos e provoca mais indignação desde 2010, quando o bairro passou a pagar IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) sem serviços adequados de manutenção, recuperação ou solução para o caso.
“A enxurrada vem da área de pasto de uma fazenda ao lado, que não tem curvas de nível, medidas de contenção, e se recusa a fazer. As chácaras já tiveram queda de muro, piscinas danificadas, plantações”, conta o morador Rogério Tedesco.
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Ele explica que nesta quarta a situação tornou o bairro intransitável. “Temos em tono de 30% de moradores. Alguns ficaram ilhados, sem conseguir sair de casa, outros chegaram do trabalho e não puderam ir até suas casas. Temos crianças, idosos, infartos, paciente em tratamento de AVC. Imagine o risco”, afirmou.
O bairro tem 110 chácaras. Os proprietários já investiram em medidas como uma rede de galerias que não suporta a força da enxurrada.
“Foi dimensionada para as chácaras. Não tem rede que suporte o volume de água nesses temporais. Inclusive a erosão aberta ontem estava em um local que recuperamos recentemente, ao lado das galerias. Abriu de novo.”
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Os problemas do bairro são agravados por outras omissões do serviço público.
Animais soltos nas ruas ajudam a agravar problema nas ruas e erosões mas o serviço de resgate ignora repetidos pedidos de captura.
E uma das ruas tem tráfego prejudicado por um poste instalado no meio do caminho. O morador diz que a CPFL cobra para retirar o poste, a prefeitura não assume o custo pelo serviço e o trânsito segue prejudicado.