A presidente Dilma se tornou ré no processo de impeachment sob acusação de ter cometido crime de responsabilidade fiscal nas tais “pedaladas fiscais”. Já era esperado por grande parte dos brasileiros que isso fosse acontecer, mesmo com a esperança que o Senador Cristovam Buarque conseguisse convencer outros Senadores a mudarem de lado, seria difícil de se reverter o placar. No final, ele mesmo não mudou seu voto e acabou votando contra ela.
O processo não recuou devido a própria inércia do Partido da presidente e dela mesma. Desde o início, toda a esquerda do país, o seu advogado José Eduardo Cardozo, o Lula e os líderes do Partido dos Trabalhadores insistiram na ideia que o afastamento dela seria Golpe. Se está sendo ou não, isso é outra discussão. O caso é que isso funcionou no começo, porém, com o passar do tempo a opinião pública e parte da população já não acreditava em tal ideia. Apenas intelectuais, sociólogos, artistas, simpatizantes e eleitores dela e do PT ainda compraram a ideia do Golpe.
O que o Cardozo, ela, e todos que a apoiam, tinham que mirar, era na sua defesa na questão que as pedaladas não são crime, como no caso do Plano Safra, que configuravam simples atrasos no não pagamento. Tinham que trazer a opinião pública para lado dela nessa defesa. Confesso que pouca coisa, ouvi ou li sobre a questão. O povo já estava e está cansado da palavra golpe, mesmo que seja realmente golpe. O povo tinha sim, era que escutar mais a palavra inocente, inocência ou que ela realmente é inocente, daí o jogo poderia mudar. Agora tudo fica mais difícil.
O que nos resta é esperar que as coisas não piorem ainda mais para os brasileiros, que o novo presidente não seja um lobo em pele de cordeiro. Lutar por um país melhor já nas próximas eleições.