Refeições mais caras

Estado quer aumentar ICMS de restaurantes e atinge 6.505 na região

Estado quer aumentar ICMS de bares e restaurantes e atinge 6505 na região
Estado quer aumentar ICMS de bares e restaurantes; atinge 6505 na região

O Estado de São Paulo quer cancelar benefício fiscal e aumentar ICMS em até 300% para restaurantes e bares, o que atinge 6.505 empresas na região de Marília.

A medida atinge 6.505 empresas na região de Marília e 2.454 só na cidade. Os dados são do SinHores (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares) de Marília.

A entidade acompanha um alerta da Fhoresp, a federação estadual do setor. Trata de um regime especial de tributação que existe desde 1993.

A tributação no setor pode pular de 3,2% para até 12%. A Federação considera créditos apropriados e projeta carga efetiva de 9,6%.

Sinval Gruppo: ameaça empresas e empregos

“O setor faz um alerta para um impacto brutal e que vai afetar muitas empresas, ameaçar empregos na região”, diz Sinval Gruppo, presidente do SinHores Marília

O alerta da Federação mostra que a medida atinge mais de 500 mil empresas ativas e um total de 1,4 milhão de empregos no Estado.

“O reflexo sobre a taxação será instantâneo e de efeito catastrófico”, diz Edson Pinto, diretor-executivo da Federação.

Aumentar ICMS atinge empresas

Impacta redução de investimentos, aumento da informalidade, queda na geração de empregos e aumento do preço final.

Estado quer aumentar ICMS e atinge 6.505 na região; para Edson Pinto, da Fhoresp, é ‘catastrófico’

“A resposta de bares e de restaurantes ao cliente em decorrência da sobrecarga tributária será imediata. Não temos mais gordura para tirar a diferença do caixa. Haverá um aumento, já em janeiro de 2025, de, pelo menos, 7% no custo da refeição.”

Contudo, segundo ele, o segmento vem segurando reajustes ao consumidor de mais ou menos 14% de inflação nos alimentos. “Pode ser que o aumento seja ainda maior a partir da queda do benefício”.

O regime especial de tributação foi concedido na gestão do então governador Luiz Antônio Fleury Filho. A cada ano o Estado renova decreto. O prazo acaba em 31 de dezembro.

A Federação já procurou o governo do Estado, mas o governador Tarcísio de Freitas recursou receber o dirigente, segundo a entidade.

Pior. Recebeu a informação de que o aumento na arrecadação já está até mesmo na Lei Orçamentária do Estado.

 “A Federação vai insistir até o fim deste ano na sensibilização do governo paulista para soluções que assegurem o acesso do cidadã