A estudante Isabella Mendonça, que há cinco anos enfrenta uma doença crônica que já provocou parada cardiorrespiratória, seguidas internações na UTI e diferentes formas de limitação, foi aprovada no vestibular de Medicina na Unimar e leva para as redes sociais mensagens de incentivo, motivação e muita esperança.
“Apesar de tudo o que aconteceu comigo, a gente tem esse mundo inteiro para aproveitar…A vida é muito curta e ela é muito frágil e ela é muito bonita. Eu sou apaixonada por viver e espero que vocês também”, diz a estudante em vídeo que divulgou com a mensagem “saí da UTI e agora sou caloura de medicina.
Bella, como é conhecida, sofre de polirradiculoneurite crônica, uma doença neurológica autoimune que provoca produção de anticorpos contra estruturas do nervo periférico.
Só conseguiu descobriu a doença após quatro anos de dores e internações. Havia sido diagnosticada com porfiria aguda, um distúrbio metabólico raro.
Compartilha suas conquistas e momentos difíceis nas redes sociais. Tem canal no youtube com diferentes vídeos e em todos, apesar da narração dos momentos mais difíceis, embute mensagens de esperança e motivação.
“Não é só tristeza, existe luz. Algum momento a gente encontra, ela se acende e as coisas são melhores. Eu acredito que elas vão ser melhores…Apesar de eu estar com extrema dor eu estou feliz.
Em 2015, quando começaram os problemas com dores fortes e perda de mobilidade
Isabella conta que na infância tinha imunidade muito baixa e fazia tratamento para isso porque adoecida com facilidade. Em 2015 começou a sentir sintomas de gripe, dor de cabeça, tosse seca e após alguns dias sentiu tontura e em atendimento no Pronto Atendimento não apresentava recuperação.
“O médico falou: tudo o que pude fazer em Pronto Socorro fiz. Fui levada de ambulância para hospital, tive elevação de batimentos cardíacos. O médico falou: você vai para a UTI.”
Foram dois dias na unidade intensiva e um mês internada, tomando diversos medicamentos e não descobria a causa. Foi para casa em sistema de homecare por mais um mês.
Nova internação, não sentia as pernas, fraqueza muscular severa, dor no abdome e tosse crônica. “Imaginei as piores hipóteses possíveis.”
Em 2018 passou no vestibular de Direito em Londrina, mudou e tinha um ano incrível até passar mal na faculdade.
“Fui levada para o hospital, tomei muita morfina, acabei transferida para Marília em UTI móvel”. Teve alergia a medicamentos, dores muito fortes, perda de movimentos na mão, procurou inúmeros médicos e encerrou o ano neste processo de recuperação.
Começou 2019 bem, voltou à faculdade mas os problemas retornaram e em maio ela voltou a Marília com nova crise, dores fortes nas pernas, nova internação.
Maio de2019, decidiu deixar curso em Londrina, voltou a Marília e iniciou projeto para cursar medicina
“Achava cruel, achava injusto, tem dias que eu ainda acho. Mas hoje entendo que precisava passar por tudo o que eu passei.” Teve alta e chegou à conclusão de que deveria deixar a faculdade.
Iniciou cursinho preparatório para vestibular de medicina. “Já que tinha que voltar eu ia fazer disso o melhor possível. E o melhor foi entrar na medicina.”
Assista abaixo ao vídeo divulgado pela estudante
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