Marília

Estudantes criticam reorganização e marcam assembleia na Famema

Estudantes criticam reorganização e marcam assembleia na Famema

O Daca (Diretório Acadêmico Christiano Altenfelder), que representa estudantes de medicina da Famema, marcou uma assembléia para esta quinta-feira, dia 4, destinada a di9scutir com a comunidade do complexo o programa de reestruturação, que vai transferir o ambulatório Mário Covas e leitos do Hospital São Francisco.

A medida será tomada para cortas gastos com aluguel do prédio – hoje o ambulatório funciona próximo ao HC, em prédio alugado desde 1999 e com previsão de reajuste – e para reorganizar serviços do atendimento a pacientes nos leitos.

A assembleia foi marcada para às 19h. Além dos alunos de medicina, estão convidados estudantes de enfermagem, funcionários e docentes que compõe a comunidade da Famema. A diretoria do Complexo, que já se manifestou sobre o caso em uma carta aberta, não divulgou qualquer resposta ao documento dos estudantes.

A reorganização vai transferir os 58 leitos de atendimento no São Francisco para o HC. O atendimento vai ocupar  alguns dos leitos da nova ala, que vai deixar o Hospital com 220 leitos disponíveis. O HC conta hoje com 127. A mudança está prevista para julho deste ano, com nova diretoria no comando da Faculdade.

Para os estudantes, o complexo deve manter a estrutura do São Francisco, o que permitiria ficar com 278 leitos – 220 do HC mais a unidade da zona sul.

“Vale lembrar que todas as unidades do complexo encontram-se operando acima de sua capacidade máxima, o que implica leitos pelos corredores e internações no Pronto Socorro. Não estão sobrando leitos”, diz comunicado do Daca na convocação da assembléia.

Os estudantes dizem ainda que há anos denunciam os altos gastos com aluguéis, que foi confirmado em uma auditoria externa contratada pelo governo do Estado.

“Da direção ao governo do Estado, todos se mostram surpresos agora”, diz o comunicado. “ Não há qualquer movimentação do Governador ou qualquer de seus empregados para realocação, ou mesmo um planejamento para construção de um local adequado para os ambulatórios. É corte, e corte que afeta diretamente alunos, professores, funcionários e pacientes”.

O Daca defende investimentos para adquirir nova área para os ambulatórios. Uma das demandas da diretoria é destinação de uma área para implantação do campus Famema, com centralização de serviços.

O comunicado dos estudantes aponta ainda a formação de “novas ondas de terceirização, demissões, perdas de estágios para outras faculdades da região”.