Marília

Estudantes denunciam professor na Unesp de Marilia; diretoria ‘aguarda Ouvidoria’

Oficina de cartazes repercute denúncia de estudantes em Marília – Reprodução/Redes Sociais
Oficina de cartazes repercute denúncia de estudantes em Marília – Reprodução/Redes Sociais

Uma denúncia encaminhada à Ouvidoria da Unesp por representantes dos alunos do curso de Relações Internacionais pede a abertura de uma investigação administrativa sobre um professor doutor do curso por ‘práticas questionáveis, inadequadas e que, até mesmo, supostamente incitam crime’.

A acusação inclui 44 denúncias coletadas em manifestações dos alunos – muitas delas repetidas – sobre condutas em sala de aula. A repercussão chegou a uma oficina de cartazes com várias mensagens sbre o caso.

Os relatos envolvem simular cantadas, comparações com namorados de aulas, chamar de ‘senhor’ uma moça que reagiu, usar aulas para ‘ensinar’ sobre sexo e mais conversas indevidas.

A diretora do Campus de Marília, Cláudia Mosca, disse ao Giro Marília que “por ora a Direção aguarda o encaminhamento formal da denúncia por parte da instância à qual os alunos recorreram (Ouvidoria) para as medidas institucionais administrativas cabíveis”. 

Segundo a denúncia, as atitudes nas aulas criam situação em que “respeito e a dignidade são desconsiderados e o constrangimento e desconforto toram-se palavras de ordem”.

“Apesar de já saber que tais práticas são de longa data, atitudes concretas ainda não havia sido tomadas, visto o receio dos discentes em sofrerem algum tipo de perseguição e retaliação em sala de aula ou até mesmo de nenhuma ação ser tomada por instâncias superiores”, diz o documento.

A denúncia afirma ainda que as condutas “estão cada vez piores” e “nos últimos meses o centro acadêmico tem recebido inúmeras queixas acerca desta questão”.

Cita situações como escolher uma aluna e dizer que vai “mostrar como ‘dar prazer a uma mulher’”

É acusado de em meio a uma aula sobre Organizações Internacionais questionar duas alunas se ‘em uma situação hipotética’ ficariam com ele ou em uma análise sobre relações internacionais perguntar a um aluno “quanto cobraria para dar…”

O documento diz ainda que não se pode mais “aceitar que as queixas dos alunos sejam ignoradas ou tratadas com descaso’. E pede medidas para que os estudantes “possam frequentar as aulas sem temer por sua integridade acadêmica, emocional, psicológica e moral”.