Marília

Evento une medicina, psicologia e direito para discutir bullying

Evento une medicina, psicologia e direito para discutir bullying

Médicos, psicólogos, advogados e estudantes de diferentes áreas vão discutir nesta quarta-feira em Marília os diferentes aspectos do bullying, comportamento repetido de agressão física e psicológica que ganhou fama a partir dos anos 90 e acontece em diferentes situações de relacionamentos humanos.

“O Seminário Bullying e Suas abordagens” acontece neste dia 4, no auditório da reitoria da Unimar, com vagas limitadas e muitos temas a serem discutidos. A iniciativa envolve os cursos de medicina, enfermagem e psicologia com suporte do Nipex (Núcleo Integrado de Pesquisa e Extensão) e terá ainda participação de profissionais do curso de direito.

“Esse projeto dá continuidade a um trabalho que realizamos neste ano que foi um fórum de humanização em atendimento de saúde que envolveu em torno de 30 grupos de alunos em oficinas de diferentes temas e surgiu o tema do bullying”, explica o médico Heron Fernando de Souza Gonzaga, coordenador do curso de medicina na universidade.

Segundo o médico, o curso é voltado para uma orientação humanista, que veja a pessoa nas suas dimensões biológicas, psíquicas, emocional ou religiosa e esta definição envolve conhecer e entender como enfrentar o bullying e suas consequências.

Em três horas de palestras e debates o encontro vai analisar essas consequências, que variam de condições médicas e psicológicas para vítimas e agressores e também envolvem situações de direito, responsabilidade por danos e agressões cometidas.

“O bullying, que é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, leva muito sofrimento às vítimas, inclusive de situações de agressões físicas, mas também de situações mais veladas. O agressor causa muito sofrimento, tem que ser contido e tem que ser tratado também”, diz o médico.

O comportamento agressivo do bullying é mais conhecido por situações entre estudantes, com situações desde ensino fundamental, mas pode ocorrer em diferentes ambientes, inclusive profissional, por questões pessoais do agressor, situações de inveja ou competição e envolve até situações de crimes, como  preconceito, difamação e crimes como homofobia.

“O encontro é como uma semente. Quando as condutas ficam muito acobertadas, ficam protegidas. Não temos pretensão de acabar com o bullying, mas é um passo, uma forma de a vítima ver que pode fazer alguma coisa, que ela tem mecanismos de reação e atendimento.”

O seminário tem vagas limitadas e a inscrição pode ser feita pela internet (CLIQUE AQUI). O encontro terá ainda pontos de coleta de agasalhos para projeto do Cejusc e distribuição à população de rua no próximo sábado, dia 7.