
Marília - O Núcleo de Perícias Médico Legais de Bauru faz a partir das 8h deste sábado, dia 22, em Pirajuí, a exumação de Josi Dias, em procedimento que avança a apuração das circunstâncias de sua morte em Marília.
O procedimento vai abastecer uma investigação que a família de Josiane Gomes Pelegrin Dias provocou para apuração das causas do faecimento precoce aos 41 anos em 8 de janeiro.
Mãe atípica de filhos com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista e esquizofrenia, Josi era servidora municipal e ativista da inclusão. Estava em unidade de pronto atendimento quando faleceu.
Além do procedimento de abertura de sepultura, coleta de material e implicações emocionais para a família, a exumação consuma um longo trajeto burocrático.
Mais de 30 dias passaram desde que o juiz Paulo Gustavo Ferraria, da 2ª Vara Criminal de Marília, atendeu o pedido da família. Em 6 de fevereiro ele determinou a exumação.
Passou pela tramitação judicial e burocrática da Polícia Civil, participação da Prefeitura de Pirajuí, onde vive a família de Josi e ela foi sepultada, até a comunicação final.
Envolve alguma corrida contra o tempo para que seja possível averiguar detalhes das condições em que Josi, como ela era conhecia, faleceu.
A família suspeita de infarto. A certidão de óbito indica asfixia por aspiração de vômito. Para qualquer das duas situações, há acusação de negligência médica.
Despedida em vídeo impacta
Um quadro que ganhou repercussão porque Josi gravou em vídeo seus últimos minutos de vida.
As imagens mostram a mulher em uma maca sem lençóis, suja por diarreia e vômito. Sozinha e com medo. Por infarto ou asfixia, parece ser assim que ela faleceu.
A denúncia da família provocou um inquérito policial e na demora da Polícia Civil em solicitar o procedimento, a família pediu.
Josi terá neste sábado momentos de perturbação ao seu descanso eterno. Podem ser os últimos transtornos para na história de uma mulher de luta e sofrimentos.