Lembro muito bem da primeira vez que assisti ao filme Bye Bye Brasil, de Carlos Diegues, com o cantor Fábio Junior. O filme é considerado o melhor filme brasileiro da década de 1970 e ao mostrar um Brasil desconhecido de muitos, com seu nome sugestivo, dava adeus ao Brasil da Ditadura Militar.
Em uma entrevista após o filme, Diegues fala que o Fabio Junior iria se transformar com sua ajuda em um dos maiores atores desse país. O cantor não quis, disse “que não queria ser ator e sim se transformar em um novo Roberto Carlos.”
Fez algumas novelas, como Roque Santeiro entre outras, mas não chegou, embora sua atuação no filme seja ótima (graças ao diretor) a ser um grande ator e muito menos chegou perto do Roberto Carlos como cantor.
Entre as idas e vindas de sua vida, teve vários relacionamentos, casamentos e uma filha que se transformou em grande atriz graças a mãe e um filho que é péssimo cantor e ator graças ao pai.
Leva uma vida muito boa, cercada de luxo e ótimas companhias e sempre é muito bajulado pela mais inútil das tvs brasileiras – a filha mais bem-sucedida do Regime Militar – a Rede Globo. “Senta aqui, não tenha tanta pressa, senta aqui! Por que toda essa angústia?…”
Fico imaginando o tamanho da angústia que o cantor Fábio Junior, cantor e compositor da música Senta aqui deve estar sentido ao falar do Brasil no festival Brazilian Day em NY. Cada um tem o direito de se expressar contra quem quiser e a onde quiser, porém, com todo o respeito, chutar cachorro morto ou bater em bêbado é muito fácil, não que eu tenho feito ambas as coisas.
Falar mal do governo em pleno EUA para uma população que não está nem perto de viver o que nós estamos vivendo aqui no Brasil é sim, muito mais fácil que fazer as maldades citadas anteriormente. Quero ver ele falar isso em um show aqui no Brasil.