Marília

Famar defende cortes em creche e espera vagas na Prefeitura para crianças

Famar defende cortes em creche e espera vagas na Prefeitura para crianças

Poucas horas depois de um comunicado oficial da Famema informar corte de repasses que vão deixar até cem crianças sem vagas na creche da instituição, a Famar emitiu uma nota oficial em que defende a medida e divulga a pretensão de conseguir na prefeitura vagas para os filhos de funcionários.

Criada em 2008, a Famar surgiu para viabilizar gestão de recursos e contratações na Famema. Respondia por repasses de R$ 92 mil ao ano para suporte à manutenção de uma creche criada em 1987, o CCI (Centro de Convivência Infantil)  O Castelinho, conhecido como creche da Famema.

No comunicado oficial, a Famar diz que o corte dos repasses foi provocado para “abarcar a totalidade dos empregados” e que 34% dos 1.600 trabalhadores ligados à Fundação são beneficiados atualmente.

O suporte à creche será substituído por pagamento de um auxílio-creche no valor de R$ 62,90 por mês para cada filho de funcionário, insuficiente para contratação de qualquer serviço.

“O objetivo não é de simples retirada de apoio à CCI – “O Castelinho” da FUMES (creche) sem amparo aos empregados, mas extensão do benefício a todos eles, nos termos das normas coletivas”, diz o comunicado.

A Famar não informa quantos funcionários estariam atendidos – a medida atinge apenas aqueles que tenham filhos com até cinco anos de idade –.

A direção diz ainda que “a FAMAR tem a intenção de formalização de Convênio com o Município para a disponibilização de vagas nas creches municipais em favor de seus empregados, e desde já solicita o apoio das autoridades locais”. Veja a íntegra do comunicado.

A crise com o corte dos repasses expõe um capítulo a mais em uma disputa interna no Complexo Famema, formado por duas autarquias estaduais – a Famema, responsável pelas faculdades de medicina e enfermagem e o HCFamema, que coordena hospitais e ambulatórios – e duas Fundações – a Famar e a Fumes (Fundação Municipal de Ensino Superior -.

A disputa poderia ser esvaziada pelo governo do Estado, que há anos arrasta medidas necessárias na regularização das contratações com concurso, e na unificação de gestão – que poderia ser feita com encampação das autarquias por uma universidade -.