Marília

Famema faz 57 anos, tem conquistas a comemorar mas grandes desafios

Famema faz 57 anos, tem conquistas a comemorar mas grandes desafios

A Famema (Faculdade de Medicina de Marília) completa 57 anos de atividade nesta quinta-feira, dia 19, com muitos projetos para crescer, ganhar cursos, estruturas e regularização de impasses especialmente em relação a funcionários. Considerando a história da entidade, isso não é pouco, mas a batalha é grande.

Marco para ensino universitário, a Famema é também centro para um complexo de saúde com impacto enorme em toda a região. Criada em 1966, a Instituição iniciou suas atividades em janeiro de 1967 com o curso de Medicina. Uma lei municipal constituiu a sua entidade mantenedora, a Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília – FUMES. O curso de Enfermagem foi criado em março de 1981.

Em 1994, a Famema passou a ser Autarquia de Ensino em Regime Especial do Governo do Estado de São Paulo, ligada diretamente à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Mas o modelo de estadualização criou também um emaranhado administrativo ampliado em 2015, quando o Hospital das Clínicas foi separado como uma autarquia vinculada à secretaria de Saúde, o HCFAMEMA.

O complexo passou a envolver duas autarquias estaduais com gestões, orçamentos e demandas diferentes, geridos com apoio de duas Fundações – a Fumes e a Famar.

A celebração dos 57 anos é embalada especialmente por medidas que podem resolver parte destes problema: autorização de concursos para contratações pela Famema, especialmente 75 professores.

Há avanços e há polêmicas: demissões para as contratações, críticas em relação à remuneração dos profissionais, pressão de estyudantes por ajustes de grade curricular, laboratórios e mais.

Há ainda a cessão de área pela União, o registro em cartório da área em nome da instituição e o Governo do Estado que autorizou a Famema receber a doação para instalação do campus próprio, que deve permitir instalação de mais cursos.

E mais uma vez desafios. Não há detalhes sobre recursos para financiamento da obra e prazos de implantação, ainda que o campus seja solução para gestão, qualidade e corte de gastos com aluguéis, como o atual prédio da sede. 

“Aproveito para destacar também a aprovação da lei que autoriza o Programa Bolsa Auxílio Permanência aos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica da Famema. Uma antiga reivindicação dos alunos, agora uma realidade”, diz o diretor geral da instituição, Valdeci Fagundes de Queiroz.

Além dos cursos de graduação de Medicina e de Enfermagem, na pós-graduação, a Famema oferece os programas de Mestrado Acadêmico “Saúde e Envelhecimento” (conceito 4 na primeira avaliação da CAPES), de Mestrado Profissional “Ensino em Saúde”, de Residência Médica em 29 especialidades e de Residência Multiprofissional em cinco áreas de atuação.

Desde 1997, a Famema utiliza metodologias ativas de aprendizagem, pioneiras no País, que substituíram o método convencional em salas de aulas e inseriram os estudantes de Medicina e de Enfermagem, desde o primeiro ano, em unidades de saúde para o aprendizado na prática.

Na última edição do Enade (Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes), divulgada em outubro de 2020, os cursos de Medicina e Enfermagem obtiveram nota 5.

A nota máxima obtida pelos estudantes coloca a Famema entre as mais qualificadas instituições de ensino, sendo a décima sexta no País e a quarta no Estado de São Paulo.

A Famema é polo presencial para apoio pedagógico, acompanhamento do desempenho e avaliação dos alunos da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) na cidade de Marília.

O HCFAMEMA possibilita aos hospitais e ambulatórios servirem de campo para o ensino e o treinamento de estudantes em cursos de graduação e pós-graduação da Famema.