A diretoria da Famema oficializou no final da tarde desta quarta-feira a disponibilidade de espaços em qualquer dos prédios usados pela instituição para abrigar o AME (Ambulatório Médico de Especialidades), serviço sem data para ser instalado mas que virou centro de uma briga política que dura quase uma semana.
O anúncio coloca a Famema na rota da disputa política que já envolve o prefeito Daniel Alonso, o deputado estadual Abelardo Camarinha e o ex-prefeito Vinícius Camarinha.
Em um comunicado que circula pelas redes sociais, a direção da Famema e do HC-Famema informam “a disponibilidade de qualquer espaço físico dentro da Instituição que, a julgamento das esferas competentes, puder melhor adequar a instalação desse relevante dispositivo”.
O texto foi divulgado poucas horas depois de o prefeito divulgar um novo vídeo sobre o caso em que admite pela primeira vez em cinco dias ceder o Bloco X do Campus Universitário apontado por Camarinha como prédio ideal para o serviço.
Mas Daniel vinculou a liberação do prédio à implantação do AME até janeiro de 2019 “conforme compromisso do deputado Camarinha”. O prefeito defende que o ambulatório seja instalado em algum prédio do governo do Estado e até oferece opções em prédios da prefeitura.
Assista abaixo ao vídeo de Daniel
Camarinha respondeu à provocação com um novo vídeo, com ofensas pessoais e ataques políticos em que diz ao prefeito “vai trabalhar”.
Mas insistiu na principal contradição do caso: disse que o Bloco X é o prédio mais adequado, mas se a prefeitura não ceder a Famema deve abrigar o AME. Ou seja, o bloco X não é indispensável.
Veja o vídeo divulgado por Camarinha
Veja abaixo a íntegra do comunicado divulgado por dirigentes da Famema
“O Diretor Geral da FAMEMA e a Superintendente do HCFAMEMA, considerando a necessidade de definição sobre o imóvel onde deverá ser instalado o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) no município de Marília, enviou à Diretoria Regional de Saúde de Marília (DRS-IX) Ofício Conjunto FAMEMA/HCFAMEMA nº 06/2018 reiterando a disponibilidade de qualquer espaço físico dentro da Instituição que, a julgamento das esferas competentes, puder melhor adequar a instalação desse relevante dispositivo de saúde para a população.
Com relação a gestão, cabe à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), a definição do formato a ser utilizado.
A implementação do AME é de interesse da Instituição para ampliação da oferta de serviço, bem como, melhoria da qualidade do atendimento prestado à população de Marília e região.“