Marília

Famema recebe terreno e lança obra histórica de campus neste sábado

Famema recebe terreno e lança obra histórica de campus neste sábado

Vai ter show, discurso e solenidade e a festa justifica. A Famema (Faculdade de Medicina de Marília) lança na manhã deste sábado, dia 28, a pedra fundamental do campus da instituição, destinado a abrigar cursos, laboratórios, serviços administrativos e mais estruturas.

É um projeto que pode chegar a R$ 100 milhões para ocupar área do governo federal a ser cedida para a instituição com um contrato de autorização de uso renovável.

Há previsão de recursos no orçamento federal para investimentos na obra, válida até 2023, mas não há confirmação oficial sobre como seria feito o investimento. A obra vai começar com estruturas de apoio obtidas pela faculdade até que os recursos sejam liberados.

“Uma das melhores faculdades de medicina do país, reconhecida nos diferentes rankings e órgãos públicos de avaliação, com mais de 4.000 médicos formados, 1.200 enfermeiros. E não tem sua casa. Como pode isso? É uma momento histórico”, disse o diretor-geral da Famema, Valdeir Fagundes de Queiroz.

Além do megainvestimento e melhoria da estrutura, a obra representa corte de gastos com aluguel de prédios usados atualmente, traz perspectiva da abertura de novos cursos e incentivo à pesquisa na faculdade.

Sede atual da Famema na rua Monte Carmelo, em prédio alugado para instituição de 56 anos

“É uma sede que vai colocar a Famema de forma definitiva e até geograficamente no coração da cidade”, disse o diretor em referência à localização do prédio, na avenida Tiradentes, em área que abrigou o antigo Instituto Brasileiro do Café.

O termo de cessão será assinado durante a cerimônia desse sábado com representantes da Superintendência de Patrimônio da União. A Famema programou ainda apresentações musicais, incluindo a bateria formada por estudantes de Medicina e Enfermagem.

A implantação começa no ano em que a faculdade celebra 50 anos da formatura da primeira turma de medicina – a faculdade tem 56 anos de atividade -. Não ter até hoje uma sede própria é resultado de anos envolvida em jogo político e atrasos de medidas oficiais de estabilização que se arrastam por diferentes governos estaduais.

Criada em 19 de janeiro de 1966, pela Lei Estadual número 9.236, a Famema teve seu funcionamento autorizado no dia 30 de janeiro de 1967, como instituição pública municipal de ensino superior.

A Faculdade tornou-se centro em um complexo de saúde que oferece formação profissional e atendimento médico pelo SUS, esteve vinculada ao Hospital das Clínicas até 2015 e atuou ainda com outros serviços, como ambulatórios médicos e o centro Lucy Montoro.

Em 1994 foi estadualizada em campanha para encampação por uma das três universidades do Estado – USP, Unesp ou Unicamp – um projeto que nenhum governo consolidou.

Atravessou a crise e inviabilização da Fumes (Fundação Municipal de Ensino Superior) que havia sido criada para sustentar a faculdade, que levou à criação da Famar.

Passou pela divisão do HC, transformado em outra autarquia estadual e a criação de um imbróglio administrativo de serviços que se confundem e envolvem duas fundações e duas autarquias estaduais