“Esta é a situação do N., chorando de dor. Conseguindo uma vaga agora para ele para transferir para Bauru mas não tem ambulância. Não quero expor a vida do meu filho mas quero mostrar o que acontece na saúde.”
A mensagem foi transmitida em redes sociais por Jeferson, junto com uma imagem do menino em um leito do Hospital Materno-Infantil em Marília. Segundo a família, N.V. passou horas de dor e transtornos à espera de uma transferência para cirurgia que não poderia ser realizada na cidade por falta de médicos cadastrados para procedimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na cidade..
“Não tem cirurgião pediátrico aqui no HM há mais de dois anos e aqui recebe paciente de 60 cidade da região”, disse Jeferson. Ele afirmou que o menino foi internado no domingo com fortes dores. Ficou sem alimentação à espera da cirurgia que virou espera de vaga em outra cidade e espera por transporte.
Por volta de 13h Jeferson divulgou que conseguiu a transferência e a indicação de ambulância. Faltava o veículo chegar, “Depois de muita luta, muita gente ajudando, conversamos com pessoal da secretaria…conseguimos ambulância”, disse.
Em comunicado oficial da Secretaria Estadual da Saúde, o Hospital informou que a previsão é abrir ainda em abril processo seletivo para contratação de cirurgiões pediátricos. “O Hospital Materno Infantil (HMI) de Marília informa que o paciente N.V.M.S.S. já foi encaminhado para o Hospital de Base de Bauru para a realização do procedimento cirúrgico.”
A Secretaria Municipal da Saúde informou em nota ao Giro Marília que atualmente o município não dispõe de outra alternativa de pactuação em cirurgia pediátrica.
“O Complexo HC/Famema/Hospital Materno Infantil está atualmente sem equipe médica para atender essa demanda, estando realizando encaminhamento via Sistema Cross para serviços de saúde em Bauru e Presidente Prudente”, disse a nota.
A Saúde informou ainda que “desde o mês de janeiro o município de Marília está tentando mudar essa pactuação, porém tanto Santa Casa como ABHU (Associação Beneficente Hospital Universitário), também não possuem equipe para atender essa demanda do SUS”.