A família do engenheiro Renato Aparecido Novaes dos Santos, 33 anos, encontrado morto em uma cela do plantão de polícia em Marília, contesta informações sobre caso, vai acompanhar a investigação e diz que a prisão deveria ter sido tratada como caso médico.
Renato faleceu no dia 18 de setembro pouco depois de ser detido em um caso complicado por fuga, perseguição e resistência. Foi algemado, teve as pernas amarradas e foi encontrado morto na cela do plantão durante registro do caso.
Lourival Santos, pai do engenheiro, diz que a família já recebeu informações que indicam surto psicótico por uso de entorpecentes e que o rapaz poderia ter sido salvo se em vez da prisão tivesse sido levado a um hospital. “Ele dizia que estava sendo perseguido. A gente acredita que ele estava precisando de um médico, ele já estaria espumando a boca”, diz o pai.
Renato foi detido depois de invadir uma casa na zona sul da cidade. A moradora suspeitava de tentativa de furto de botijão de gás. Em sua fuga tentou pular para outras residências e teria resistido à prisão.
A família diz que além de documentos pessoais que permitiram sua identificação como engenheiro, Renato tinha R$ 500 na carteira e não precisaria furtar o botijão para nada.
A morte do engenheiro é investigada pela Corregedoria e a família indicou que deve nomear um advogado para acompanhar a apuração. Uma mensagem já divulgada em redes sociais lista as indicações de que o engenheiro deveria ter sido levado para atendimento médico.
Diz que ele era um rapaz de baixa estatura, contido por algemas e cita indicações de que ele estava alucinado. Lourival diz que testemunhas contaram à família que o homem diz que estava sendo perseguido e pedia ajuda para escapar, entre outros sinais de alucinações.
Ainda não foi divulgado laudo médico com as causas da morte e nem qualquer detalhe da apuração sobre as circunstância da morte.