Marília

Família suspeita de dengue em morte de paciente com câncer; atestado não cita doença

Família suspeita de dengue em morte de paciente com câncer; atestado não cita doença

Humberto Garcia, 47, paciente em tratamento de câncer na garganta, faleceu na noite de domingo em Marília pouco mais de 24 horas depois de mostrar sangramento e a família aponta dengue como causa para agravar o quadro clínico e causa a morte de um paciente estabilizado. O atestado de óbito não apresenta qualquer informação sobre a doença.

Humberto não foi submetido a teste de sorologia e a família acredita que a doença nem será investigada no caso. Aposentado em função da doença, Humberto foi internado com quadro de hemorragia  no sábado depois do almoço.

Bruno Garcia Rizzo Sampaio, 26, sobrinho da vítima, disse que tio vinha em tratamento, havia sido submetido a uma traqueostomia, mas em quadro estável, com boa autonomia, mobilidade e saúde sem sustos. Segundo ele, a família nem falou sobre dengue, o alerta partiu de equipe no hospital e justificaria o sangramento e morte repentinos para um paciente que já havcia enfrentando grandes desafios e sobreviveu.

No sábado, caminhou pela manhã e já em descanso em casa, na hora do almoço. apresentou sangramento após tossir. O sangramento agravou-se.

“Após isso ele começou a sangrar pela boca e nariz. Foi quando levamos ele até a Santa Casa para ver o que estava acontecendo”, contra Bruno. Segundo ele, ao chegar no hospital os atendentes afirmaram que eram sintomas de dengue hemorrágica e Humberto foi levado para a  UTI,  onde faleceu. Ele foi sepultado na segunda-feira.

A família vai pedir alguma apuração? Acho que não pensaram nisso, estão todos abalados, disse Bruno, que residia com o tio no bairro Monsenhor Tóffoli, na zona sul da cidade.

EPIDEMIA

Marília tem hoje, segundo dados oficiais divulgados pela prefeitura, 8461 casos de dengue confirmados. Há uma infinidade de casos não notificados. Além disso, a contabilidade oficial admite seis mortes e outras oito em investigação.

A prefeitura divulgou nota nesta terça-feira com fotos dos trabalhos de nebulização de inseticida na noite de segunda-feira na zona sul da cidade, onde a epidemia começou e onde Humberto residia. Prevista há vários dias, a nebulização estava atrasada