Marília

Famílias protestam contra falta de remédios na Regional de Saúde

Famílias protestam contra falta de remédios na Regional de Saúde

Famílias de crianças e adultos portadores de necessidades especiais que dependem de remédios e suplementos alimentares fizeram uma manifestação nesta segunda-feira na porta da Direção Regional de Saúde, que represa a Secretaria Estadual do setor na região. Segundo as famílias, desde janeiro o fornecimento de remédios, fraldas, leites especiais e suplementos está irregular.

Eles criticam ainda medida que reduziu o horário de atendimento na Medex, a farmácia responsável pelo fornecimento de medicamentos especiais e de alto custo, que funciona integrada à Regional de Saúde.

A manifestação foi organizada a partir do trabalho da Associação Anjos Guerreiros, uma entidade fundada há seis meses para organizar atuação de famílias que trocam experiências e informações há três anos.

A entidade tem sede em Marília, representação regional e une aproximadamente 130 famílias, embora as reuniões envolvam de 60 a 70. Apoia famílias com crianças e adultos com deficiência, transtorno global de desenvolvimento e diferentes síndromes.

As dietas especiais atendem desde casos de suplementos até alimentação de crianças com alergias que não podem consumir outros alimentos. Segundo Cláudia Marin Pereira Castelassi , da associação, o custo das dietas e medicamentos podem variam de R$ 60 a R$ 1.500.

“Mesmo famílias com padrão de vida alto têm muita dificuldade em comprar. A gente está aqui porque quer um direito adquirido”, disse Cláudia. O próximo passo, segundo a dirigente, é procurar o Ministério Público e medidas judiciais.

A decisão de organização a manifestação foi tomada quando as mães perceberam que faltam diferentes produtos que deixam várias famílias sem atendimento, segundo.

“Eu entrei com processo contra  DRS, o caso está em São Paulo, enquanto não volta o juiz não pode decidir. E o que eu vou fazer? De 24 latas eu recebi cinco. O que vou dar para criança que não pode comer outra coisa?”

Ela conta que durante alguns dias as mães e a associação promoveram trocas de alimentos e produtos, mas que após o longo prazo sem solução as famílias ficaram impossibilitadas de trocar.

“Chegou a uma situação em que a família não tem para ajudar, se der fica sem e não sabe quando vai receber. Fui falar na DRS, não tem e não tem previsão.”