Marília

Fazenda e sindicato racham; Levi fará “informações diretas” a servidores

Secretário Levi Gomes após reunião de negociação com servidores na semana passada
Secretário Levi Gomes após reunião de negociação com servidores na semana passada

A crise política aberta pelo impasse na campanha salarial dos servidores municipais acaba de ganhar um capítulo extra: acabou espaço de articulação e negociação entre o secretário municipal da Fazenda, Levi Gomes, e o comando do Sindicato dos Servidores.

O contato entre eles, segundo o secretário, será apenas formal, o que deve limitar negociação e articulação de qualquer acordo.

O racha foi divulgado pelo sindicato em postagem de redes sociais. Em mensagem para anunciar que o Sindicato protocolou nova proposta de reajuste, o comando da entidade informa que “o secretario da fazenda disse que as portas estão fechadas para o sindicato e que de agora em diante ira negociar diretamente com os servidores”.

A categoria pede 4% de reajuste e vale alimentação de R$ 300. A última proposta da prefeitura foi reajuste de 2% e vale de R$ 200. Hoje o vale é de R$ 125.

O sindicato aproveitou a mensagem para pedir que o secretário “explique” situações que agravam a relação da administração com os servidores ativos e inativos.

“Explique a situação dos aposentados; Explique também como é que tem dinheiro para reajustar as diárias de viagens do prefeito e outros, mas não tem para repor as perdas salariais dos servidores; Expliquem também conforme abaixo, porque vocês estão negando “um simples repasse de inflação para eles”, divulgou a entidade.

Em nota oficial divulgada pela assessoria de comunicação da Prefeitura, o secretário informa que “não concorda com a postura do presidente do Sindicato e os termos de baixo calão que o mesmo utiliza para se referir aos Servidores Municipais. Portanto, tomou a atitude de levar as informações diretamente aos funcionários e a partir de agora, terá apenas tratativas com o Sindicato formalmente.”

O impasse deixou trabalhadores sem definição sobre eventual nova rodada de negociação e encaminhamento da campanha salarial. A categoria apresentou em março um pedido de 11% de reajuste salarial e 250% de reajuste sobre o vale alimentação.

Em três rodadas de negociação a prefeitura negou qualquer reajuste de salário. Na última, com a presença do prefeito Daniel Alonso, propôs 2%. O sindicato cobra cumprimento de uma promessa de campanha do prefeito: pagamento da reposição da inflação.