Festival de Cinema em Marília dá prêmios, cria vitrine e reconhece produtora local

Muito mais que premiação, o encerramento do Festival de Cinema 2024 em Marília mostrou força para dar vitrine à produção audiovisual no interior, atraiu grandes nomes, valorizou talentos e produções nacionais e promoveu eventos e encontros com movimentação de 3.200 presenças registradas.

Entre os dias 6 e 15 de setembro, o festival espalhou conhecimento e ensinamento com oficinas, lazer e emoções com as sessões de filmes, discussões técnicas, participação de famosos, incentivou profissionais e produções com rodada de negócios e celebrou o cinema

A premiação – em cerimônia comandada pela atriz Bella Camero e pelo cineasta e ator Jonathan Natalício – fez mais que dar prêmios a grande produções: mostrou esse conjunto de influências e ações culturais.

O evento chegou a terceira edição pós-retomada de um festival que na década de 1960 colocou a cidade no cenário nacional do cinema, especialmente com a entrega do prêmio Curumim, criado em 1966.

O júri técnico do Festival de Cinema de Marília foi composto por Vinícius de Oliveira, Well Darwin, Virgínia Cavendish, Anderson Bardot e Marina Person

A edição deste ano teve prêmios por votações do público além dos eleitos pelo júri profissional, recheado de grandes nomes (veja lista de vencedores ao final).

Cristiano Anechini, presidente do Clube de Cinema de Marília, responsável pelo festival, e também fundador da Cinegoria, produtora parceira do evento, e destacou a importância do festival na formação e promoção de novos talentos.

O prêmio especial, que reconhece obras entre produções exibidades durante o ano no Clube de Cinema, escolheu Propriedade, de Daniel Bandeira, como melhor ficção e Nada Será Como Antes – A Música do Clube da Esquina, de Ana Rieper, como melhor documentário.

Também reconheceu realizadores que participaram das Oficinas “Cinema de Guerrilha”. Os projetos, selecionados a partir de argumentos, tiveram a chance de vivenciar um Pitching Competitivo com Ale Paes Leme, Alice Stamato e Gustavo Auricchio, em parceria com a Lombada Filmes. Os vencedores do Pitching de Ficção e Documental foram Vinícius de Moura Gabriel, com o projeto Tríade, e Luana Lopes, com Janelas do Amanhã, respectivamente.

Vinícius de Moura Gabriel vencedor do Pitching Competitivo

“Este Festival é uma vitrine do talento que emerge de todas as regiões do Brasil. O cinema precisa ser um espaço de acolhimento e diversidade, e é exatamente isso que o Festival de Marília tem conseguiu realizar nessa edição”, destaca.

Ao final, ainda valorizou talento local com uma menção honrosa à arte educadora e produtora Carol Montoro, que já atua também com documentário e curtas na cidade.

Produtora cultural Carol Montoro recebeu menção honrosa por atuação em produções locais

Carol atuou com o documentário Eu Existo, Um Olhar Sobre a Realidade Mariliense, que retrata a vida de mulheres transexuais e travestis.

Também teve a coprodução do filme A Família Fantasmadownica, projeto da Casa Bonfim arte e cultura sobre produção do Grupo de teatro Down Entre Amigos.

Para completar, participou no vídeo Ecos do Esquecimento de Daiana Crepaldi, que traz uma narrativa fotográfica de espaços abandonados em meio a cidade.