Faixas, cartazes, vídeos e um documento oficial divulgado em conjunto pelos diretórios acadêmicos da Medicina e Enfermagem levaram para as ruas manifestação de estudas da Famema contra a demissão de professores e modelo de contratação de temporários.
O ofício dos alunos circulou no mesmo dia em que alguns estudantes foram à sede da faculdade produzir cartazes contra as substituições e os temporários. As faixas foram expostas em frente ao prédio.
O protesto foi a maior reação pública contra os cortes e engrossa uma campanha que já era abraçada por docentes e profissionais da saúde em diversos setores.
É uma mobilização que começou com a demissão de seis professores, previsão de até 56 novos cortes em 2022 e abertura de 22 processos de contratações de temporários.
“O corpo discente demonstra frustração e contrariedade pela circunstância e questiona quais razões levaram à demissão desses professores, a qual, nesse momento, parece ter sido feita por motivações inadequadas”, diz a carta dois diretórios.
O documento diz que a expectativa geral era o aumento do quadro docente, considerando a necessidade em diversas disciplinas, como Microbiologia, Urgência e Emergência, Biologia Molecular, Oncologia, Histologia, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde do Adulto, Gastroenterologia, Fisiologia, Biofísica, Dermatologia, Farmacologia, Língua Inglesa, entre outras.
“É de conhecimento que processos seletivos através do governo do estado foram inesperadamente abertos. Tratam-se de seleções para docentes temporários, de caráter emergencial e contrato de um ano, com salário base do ano de 2008, sem plano de carreira, sem gratificações e outros direitos.“
Os estudantes apontam ainda que as demissões ferem um termo de colaboração entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado de São Paulo, a FAMAR e a FAMEMA reiterado em julho de 2020.
“Consta que o funcionário a ser substituído por vaga aberta em processo seletivo deve ser desligado até 30 dias após a contratação do novo admitido para a função. Todavia, os processos seletivos ainda não aconteceram, e os docentes em questão foram, mesmo assim, demitidos sem qualquer diálogo ou esclarecimento. “