Marília - https://www.giromarilia.com.br/?s=matraUma análise feita pela MATRA revelou que a gestão Daniel Alonso deixou em dezembro de 2024 relação de 71 imóveis alugados pela Prefeitura que representam um custo de R$ 7770 mil ao mês. O total em dois mandatos representa quase R$ 74 MILHÕES pagos com dinheiro do povo.
Para se ter uma ideia da importância desta análise os dados disponíveis no Portal da Transparência apontam que em 2020, a Prefeitura tinha 60 imóveis locados. O custo era de aproximadamente R$ 475 mil reais mês, equivalentes em dois mandatos a R$ 45,6 milhões.
Ocorre que esse valor em 2020 trazido a valor presente (até dezembro de 2024) e corrigido pelo IGPM (índice que corrige o aluguel), resultaria em R$ 71,9 milhões de reais, enquanto o valor pago no período 2021 a 2024 (R$ 74 milhões).
Representa R$ 2 milhões a mais de custo, além de ter tido um aumento de 11 imóveis alugados nesse período (60 para 71) imóveis.
Os cálculos da MATRA usam dados a partir de 2020 e não do início do governo Daniel Alonso, porque os dados dos três primeiros anos (2017 a 2019) infelizmente não estão disponíveis no Portal, prejudicando a real TRANSPARÊNCIA da apuração.
Veja dados de aluguéis
Na relação publicada no dia 18 de dezembro de 2024 e atualizada no dia 24 de janeiro deste ano no Portal da Transparência, aparecem absurdos como o pagamento de R$ 97 mil por mês por um imóvel na Avenida Santo Antônio.
É prédio com objetivo de abrigar “diversos setores do Município” (como consta na relação). De acordo até com reportagens veiculadas na imprensa e no site da MATRA, além de representações do COMUS (Conselho Municipal de Saúde), em anos anteriores, encontra-se em situação deplorável, inclusive, com infestação de pombos. (Veja mais sobre esse caso específico no site da MATRA).
O prédio onde funciona a Secretaria Municipal da Saúde, na Avenida Castro Alves, custa R$ 45 mil reais por mês aos cofres públicos, só com o aluguel.
Ao lado, onde está instalada a Secretaria da Educação, são mais R$ 21.253,00 e, pasmem, no mesmo endereço consta uma terceira locação (de parte do imóvel) para abrigar veículos e acomodações dos motoristas da Secretaria Municipal da Educação.
São mais R$ 14 mil por mês para isso. No total, só as secretarias da saúde e da educação (com o estacionamento que fica entre os dois prédios), custam aos cofres públicos mais de R$ 80 mil por mês, só de aluguel dos prédios (e com o estacionamento cobrado à parte!).
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Falta coerência e transparência
Outro contrato que chama a atenção é o de um imóvel situado na rua Taquaritinga, destinado a abrigar a Secretaria Municipal da Tecnologia da Informação.
Nós, cidadãos, pagamos mensalmente com o dinheiro dos nossos impostos R$ 11.600,00 por este imóvel. Mas o que justificaria um gasto tão elevado, já que o aluguel dos imóveis onde funcionam as secretarias municipais da Cultura, do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Social, custam em torno de R$ 3 mil mensais cada.
E até o prédio onde está a Secretaria Municipal da Assistência Social, que tem uma estrutura muito maior, não passa dos R$ 9 mil por mês. Falta coerência, eficiência e respeito com o dinheiro público.
Poderíamos citar vários outros exemplos, afinal, são 71 contratos de aluguel de imóveis em vigor atualmente pela Prefeitura de Marília.
Mas o que sociedade espera agora é que a nova administração (gestão Vinícius Camarinha), reavalie todos esses contratos e REDUZA, consideravelmente, este tipo de gasto que compromete o orçamento que poderia ter aplicação para melhorias efetivas nos serviços públicos.
A defesa da transparência nos aluguéis
Com base nessa análise inicial, a MATRA protocolou nesta semana, um pedido de acesso à informação.
Solicita a quantidade de imóveis de propriedade do município que atualmente estejam alugados, ou concedidos a terceiros sem nenhum tipo de remuneração. Pede ainda a identificação de todos esses beneficiários e ainda os que estão desocupados/abandonados, ou subutilizados.
É muito dinheiro público aplicado sem eficiência e isso precisa ser corrigido o quanto antes.
A MATRA divulga as informações em defesa da transparência e da boa aplicação dos recursos públicos. Porque Marília tem dono: VOCÊ! E é você que está pagando essa conta também.
