Marília

Greve da Famema começa com baixa adesão

Grevistas esperam maior adesão nos próximos dias
Grevistas esperam maior adesão nos próximos dias

A greve dos trabalhadores do Complexo Famema começou na manhã desta segunda-feira com baixa adesão dos funcionários e expectativa de que plantões da tarde e noite mostrem maio9r apoio ao movimento. Encontro dos grevistas na manhã desta terça-feira deve indicar detalhes sobre participação e próximos passos.

Segundo o SInsaúde (Sindicato dos Empregados na Saúde de campinas e Região), Hemocentro e serviços de higiene tiveram maior adesão e uma reunião ainda hoje deve definir participação ou não das equipes de enfermagem. O Sindicato disse que não houve prejuízo aos serviços de atendimento ao público.
 

Pouco antes do meio-dia havia pequenos grupos de grevistas em frente ao Hospital das Clínicas e à sede da Famema, aproximadamente 50 trabalhadores. O Complexo tem perto de 2.400 funcionários contratados pela própria Famema e por duas Fundações municipais ligadas a ela, a Fumes e a Famar. Mantém atendimento médico e faculdades de medicina e enfermagem  mantidos com recursos do SUS e repasses do governo do Estado.

Os trabalhadores pedem reposição da inflação – com 9% de reajuste – mais ganhos reais para cobrir aumento dos custos com energia, alimentação e serviços, o que leva a um índice de 20%. A Famema não deu qualquer contraproposta e anunciou que reajustes devem de índice aprovado pelo governo do Estado, responsável pelo repasse de verbas para financiamento do complexo.

Os grevistas querem ainda melhores condições de trabalho. “Os trabalhadores estão sempre sob forte pressão. Faltam equipamentos, falta  pessoal, falta estrutura e o atendimento acaba comprometido, disse Aristeu Carriel, diretor regional do sindicato.

Rogério Martinez – Giro Marília

Grevistas na porta do HC e Famema na manhã desta terça-feira
Carriel passou a manhã percorrendo diferentes pontos de trabalho do complexo, que envolve três hospitais – HC, São Francisco e Materno Infantil – além der serviços como ambulatório Mario Covas e o Hemocentro. Disse que sem os dados dos plantões da noite não é possível definir índice de adesão e que a greve continua.

A paralisação dos trabalhadores é um agravante em situação crítica do complexo, que enfrente auditoria estadual, investigação da polícia federal sobre contratos e licitações, investigação estadual e uma crise financeira histórica.